Monitoramento na Vigilância em Saúde
Nos últimos anos, a ocorrência de epidemias e pandemias por doenças emergentes ou reemergentes, obrigou a comunidade internacional a aprimorar os serviços de vigilância em saúde. Dentre os fatores que contribuíram para esta mudança estão: pressão demográfica, mudanças no comportamento social e alterações ambientais.
A expansão da circulação do vírus da influenza (H5N1) bem como a pandemia por síndrome respiratória aguda grave, mais conhecida por SARS, e o uso de Antraz em atos terroristas são alguns exemplos da necessidade de aperfeiçoamento na vigilância em saúde em âmbito internacional e nacional (federal, estadual e municipal).
Nas investigações, a elucidação do agente responsável, fatores de risco e adoção de medidas de prevenção e controle em tempo hábil, só é possível a partir da notificação imediata durante a suspeita, não sendo necessário aguardar o resultado final das análises laboratoriais. É a integração entre os profissionais de saúde do setor público e privado, Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Secretaria Estadual de Saúde (SES) e o Ministério da Saúde (MS) que permite a adoção e implementação de medidas de controle e prevenção oportunas.
No Brasil, a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/ MS), por meio do EpiSUS, participou de 345 investigações de campo, entre 2000 e agosto de 2018, destacando as investigações de surto de: cólera em Pernambuco, febre amarela silvestre em Minas Gerais, Chagas aguda em Santa Catarina, toxoplasmose no Paraná, hantavirose no Distrito Federal e riquetisiose no Rio de Janeiro.
Diante deste cenário e continuando o processo de estruturação e aperfeiçoamento do serviço de recebimento, processamento e resposta oportuna às emergências epidemiológicas, o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde – CIEVS tem atuação direta na resposta rápida às emergências de saúde pública.