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SAÚDE COM CIÊNCIA
Vacinas contra a covid-19 não causam “morte lenta”
Foto: Internet
Já chegou até você uma mensagem que afirma que cientistas de Harvard teriam vazado um relatório em agosto de 2025 afirmando que as vacinas contra a covid-19 provocariam uma “morte lenta”? A publicação feita em redes sociais desinforma ao dizer que a vacina causa fadiga crônica, envelhecimento acelerado, desequilíbrios hormonais e maior risco de doenças graves, além de sabotar as mitocôndrias, conhecidas como pequenas usinas das células que transformam nutrientes em energia para o corpo funcionar. Tudo isso é falso.
A mesma postagem alega que a indústria farmacêutica teria ocultado o tema para lucrar e cita supostos métodos “naturais” de restauração mitocondrial (luz vermelha, jejum, suplementos). O conteúdo é enganoso e não tem qualquer respaldo científico. Vale lembrar que as vacinas estão entre os medicamentos mais seguros e salvam milhares de vidas todos os anos. Um exemplo recente é a pandemia da covid-19, que teve seu fim após o início da vacinação em todo o mundo.
O que é fato
É comum se deparar com conteúdos falsos que circulam pelas redes sociais e aplicativos de mensagens questionando a eficácia e segurança das vacinas contra a covid-19. As narrativas enganosas constantemente relacionam a imunização contra a doença com casos graves que não tem relação causal com a vacina. Não se deixe enganar por conteúdos sensacionalistas. As vacinas são comprovadamente seguras e altamente eficazes para a proteção contra casos graves e óbitos pela covid-19.
Como as vacinas são avaliadas
Todas as vacinas têm a eficácia e segurança comprovadas e validadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e seguem orientações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde para administração. Os imunizantes passam por rigoroso processo de análise antes de serem incorporados ao Sistema Único de Saúde (SUS), considerando segurança, eficácia e custo-efetividade, entre outros aspectos relevantes para a saúde pública.
Eventos adversos: o que esperar
É importante esclarecer que os imunizantes podem causar eventos adversos (as chamadas “reações à vacina”), mas a maioria é sem gravidade ou não duradoura. As reações graves são raras e ocorrem, em média, em um caso a cada 100 mil doses aplicadas. Quando comparado, o risco de complicações pela própria covid-19 é muito superior ao risco de reações graves pela vacinação. A doença já matou mais de 700 mil pessoas no Brasil desde o início da pandemia. O benefício de se proteger contra casos graves e mortes é, portanto, muito maior.
Monitoramento contínuo
As vacinas utilizadas no Programa Nacional de Imunização (PNI) são aprovadas pela OMS e monitoradas continuamente pelo PNI e pela Anvisa. A maioria dos eventos adversos é leve e temporária, e os componentes das vacinas são rapidamente eliminados pelo corpo.
Não caia em fake news
O Ministério da Saúde alerta que notícias falsas prejudicam as iniciativas para ampliar as coberturas vacinais no país e são um desserviço ao benefício comprovado das vacinas no controle de casos graves. Vacinas salvam vidas. Recebeu algum conteúdo sobre saúde e quer checar a veracidade? Verifique a fonte e pesquise em sites oficiais e confiáveis. Não compartilhe informações sem antes ter certeza se é verdade.
Fontes
As referências usadas nesta matéria são:
Vacina contra Covid-19 é segura para crianças e não causa morte súbita
Vacinas contra a covid-19 não causam demência
Fake news sobre vacinas: entenda os perigos da desinformação