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ABRASCÃO
Ministério da Saúde participa de debates sobre emergência em saúde e formação profissional
Foto: Sarah Máximo / MS
A agenda do Ministério da Saúde nesta segunda-feira (01), no Abrascão, foi diversificada. Durante a mesa redonda “Governança global em transe: conflito, cooperação e as demandas da saúde”, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, ressaltou a pertinência do tema diante do aumento global das emergências em saúde. “Essa discussão é extremamente oportuna, tanto por acontecer no 14º Congresso de Saúde Coletiva quanto pelo momento que estamos vivendo. As emergências em saúde têm aumentado em escala no mundo, e isso impacta diretamente a forma como os sistemas precisam se organizar e responder”, afirmou. Entre os assuntos abordados, destacaram-se os desafios impostos por conflitos globais, deslocamentos populacionais, interrupção de cadeias de suprimentos e a necessidade de fortalecer mecanismos multilaterais.
Já a mesa “Universalidade e Equidade do Cuidado: Caminhos do Mais Médicos e do Agora Tem Especialistas no SUS”, trouxe para o centro do debate as ações que integram o provimento, formação e ampliação do acesso à saúde tanto na atenção primária quanto ao atendimento especializado em todo o Brasil. Na oportunidade, o Ministério da Saúde destacou a expansão de vagas de graduação e residência alinhadas às necessidades reais do SUS, a regulação da formação médica orientada à interiorização e o fortalecimento da integração ensino–serviço como eixo estratégico para qualificar e fixar profissionais em territórios vulnerabilizados.
Representando a Secretaria de Atenção Especializada em Saúde (SAES), o diretor do Departamento de Expansão das Estratégias de Qualificação da Atenção Especializada, Rodrigo Oliveira, participou da mesa “Carteira de Serviços da Atenção Primária à Saúde (APS)”, aprofundando discussões sobre organização da rede, integralidade e qualificação das ofertas no SUS. A SAES também integrou o debate por meio da participação do Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas, na mesa “Práticas e Experiências na Política de Álcool e Drogas”, conduzida pela consultora técnica Nathalia Nakano Telles, que destacou desafios, avanços e práticas contemporâneas no cuidado às pessoas que fazem uso de álcool e outras drogas, reforçando o compromisso do Ministério da Saúde com políticas baseadas em evidências, redução de danos e garantia de direitos.
A agenda da Atenção Primária (SAPS) também ganhou destaque no Abrascão com a participação da Coordenação-Geral de Inovação e Aceleração Digital, que apresentou, em sua mesa, avanços estruturantes da Estratégia e-SUS APS, incluindo a evolução do Prontuário Eletrônico, a integração com a RNDS e as novidades do SIAPS voltadas à qualificação da informação em saúde e ao aprimoramento dos fluxos de trabalho de profissionais e gestores.
A presença da SAPS se ampliou na mesa conduzida pela secretária Ana Luiza Caldas, que debateu as análises da Comissão do The Lancet, em parceria com a Opas, destacando os impactos regionais e territoriais apontados no relatório. “A discussão do relatório da Comissão do The Lancet nos ajuda a entender melhor os desafios que atravessam a saúde nos nossos territórios e nas Américas. É fundamental fortalecer a capacidade de resposta da Atenção Primária e a presença das equipes no cotidiano das pessoas”, afirmou a secretária, reforçando a importância de integrar conhecimento, atuação territorial e capacidade de resposta do SUS.
Educação em Saúde
O estande do Mestrado Profissional em Saúde da Família (ProfSaúde) durante Abrascão tornou-se ponto de encontro para profissionais, pesquisadores e gestores durante o lançamento de duas importantes publicações: “Estratégias para o Fortalecimento da Educação e do Trabalho Interprofissional” e “Cartografias de Si: caminhos e trajetórias dos egressos do ProfSaúde”.
Os livros ressaltam a potência das experiências desenvolvidas nos territórios e evidenciam como a atuação na Atenção Primária à Saúde contribui para o aprimoramento das políticas públicas no país. Para o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Felipe Proenço, “as análises críticas produzidas a partir dos territórios, como as desenvolvidas pelo Pró-Saúde, ajudam a revelar dificuldades reais do sistema e apontar caminhos para aprimorar as políticas. Em 2023 retomamos o financiamento para equipes multiprofissionais na Atenção Primária, o que gerou grande adesão dos municípios e reforça a importância dessa rede de ensino e serviço. Valorizamos profundamente o trabalho que as instituições de ensino têm realizado, porque ele fortalece nosso principal objetivo: cuidar bem do povo brasileiro”.
Ministério da Saúde