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Saúde Indígena
Sesai realiza encontro de formação para conselheiros de saúde indígena
Cerca de 50 presidentes e vice-presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (Condisi) estão reunidos na cidade de Pedro Bernardo (GO) para o Encontro de Formação de Conselheiros de Saúde Indígena. A iniciativa da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) tem como objetivo ampliar o conhecimento dos representantes indígenas responsáveis por desempenhar o Controle Social na saúde indígena. O evento termina na quinta-feira (4).
“Que todos saiamos mais leves, mais conscientes do nosso papel. O aprendizado se faz em todos os sentidos e temos uma responsabilidade muito grande que é levar saúde de qualidade”, disse a assessora especial para o Controle Social da Secretaria Especial de Saúde Indígena, Bianca Moura.
Para o coordenador do Fórum de Presidentes dos Conselhos Distritais de Saúde Indígena (FPCondisi), Gabriel Tapeba, não é possível fazer Controle Social sem conhecer a política de saúde.“Muitos falam da saúde indígena, mas poucos a conhecem, não vivem dentro da aldeia, não sabem o que nós passamos. Por isso, vamos abrir a mente e pensar juntos para que possamos aprender cada vez mais”.
O presidente do Condisi Altamira, William Domingues, disse que é uma oportunidade para focar no que se quer. “É um passo para aprendermos um com os outros para que a gente possa avançar para um Controle Social de qualidade na saúde indígena”.
Para o secretário Especial de Saúde Indígena, Antônio Alves, o Controle Social na Saúde Indígena é um dos mais bem organizados. “Mas faço um apelo e uma sugestão: controle social não é só conselho, fórum; é toda a organização social que luta em prol dos direitos dos índios. A gente conseguiu avançar, mas não o suficiente”.
Roda de conversa
No primeiro dia do encontro, foi realizada uma roda de conversa sobre participação, Controle Social e Saúde Indígena. O cacique foi uma das figuras mais importantes apontadas na discussão. No Condisi Minas Gerais e Espírito Santo, ele é escolhido por votação e fica dois anos no mandato. “A gente usa urna do Tribunal Regional Eleitoral e o candidato até faz propaganda no rádio. Eu vejo o cacique como uma peça fundamental que deveria lutar mais voltada para sua comunidade. Por isso, precisamos retomá-lo como um líder”, disse o vice-presidente do Condisi MG/ES, Roberto Carlos Marques.
Ao final do encontro, está prevista uma reunião do Fórum de Presidentes de Condisi para avaliar as ações de 2014 e planejar as atividades para o próximo ano.
Por Graziela Oliveira
Foto: Luís Oliveira/Sesai-MS