Distrito Federal lança Programa Pesquisa para o SUS com investimento de R$ 7,5 milhões

O Ministério da Saúde, por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), lançou, na terça-feira (18), no Auditório da Fiocruz em Brasília, a chamada pública da 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) no Distrito Federal. O valor do PPSUS/DF é de R$ 7,5 milhões, sendo R$ 5 milhões provenientes do Ministério da Saúde e R$ 2,5 milhões da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF). 

As pesquisas para o PPSUS no Distrito Federal devem ser submetidas até o dia 17 de abril. Os detalhes do edital podem ser acessados nos sites da FAPDF e da SISC&T (neste último, clique em "leia mais" e, em seguida, em "editais - contratação").

Para a superintendente Científica, Tecnológica e de Inovação da FAPDF, Renata Vianna, essa edição do PPSUS pode mudar a realidade da saúde pública no Distrito Federal. “O desafio é que os estudos possam contribuir com a gestão do SUS local. A expectativa é que os projetos apontem caminhos para a saúde pública e soluções transformadoras em inovação e tecnologia”, afirmou Renata. 

O edital abre oportunidade para que os pesquisadores da área da saúde do DF possam contribuir com soluções efetivas e aplicáveis no Sistema Único de Saúde (SUS). As 49 linhas de pesquisa foram definidas durante a Oficina de Prioridades de Pesquisa do Distrito Federal (OPP) e foram distribuídas em 5 eixos temáticos que refletem os desafios e as necessidades da população: 

• Eixo 1 – Gestão do SUS;
• Eixo 2 – Gestão do Trabalho e Educação;
• Eixo 3 – Atenção Integral à Saúde;
• Eixo 4 – Inovação em Saúde;
• Eixo 5 – Gestão de recursos financeiros e orçamentários para o SUS.  

O programa promove o desenvolvimento científico e tecnológico que busca atender as especificidades locais e contribuir com a redução das desigualdades regionais. A diretora do Decit, Mônica Felts, reforçou, durante o lançamento, que as pesquisas precisam ser adaptadas para as necessidades de cada território. “Nós estamos falando de desenvolvimento territorial, de deixar os fortes ainda mais fortes e assegurar que os estados que ainda estão à margem possam ser incluídos no Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação em condições de igualdade. A ciência é fundamental na construção de um sistema de saúde mais eficiente e acessível para todos”, afirmou Mônica. 

Nos 20 anos do PPSUS, esta oitava edição é a primeira que acontece simultaneamente nas 27 Unidades Federativas. O representante do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Gilberto Ferreira de Souza, fez um resgate histórico do Programa e ressaltou que o PPSUS é um patrimônio da ciência no país. “Esse edital representa a capacidade dos estados e do DF em realizar pesquisas inovadoras que façam a diferença para a população e para a gestão do SUS”, afirmou Gilberto. 

Projeto e os parceiros estratégicos  

O PPSUS é uma iniciativa de descentralização de fomento à pesquisa em saúde nas Unidades Federativas e busca promover o desenvolvimento científico e tecnológico para atender às peculiaridades, especificidades e necessidades de saúde locais. A execução do PPSUS envolve parcerias em âmbito federal e estadual. O Decit é o coordenador nacional, e o CNPq é a instituição responsável pelo gerenciamento administrativo do programa. Na esfera estadual, estão envolvidas as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP) e as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). As FAPs executam o programa no estado e devem atuar em parceria com as SES. 

Janine Russczyk
Ministério da Saúde