Estatísticas
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Pesquisa Anual de Comércio |
O IBGE, para a Pesquisa Anual de Comércio – 2019[1], estimou que o Comércio, naquele ano, obteve R$ 3,97 trilhões em Receita Operacional Líquida[2], R$ 660,72 bilhões de Valor Adicionado Bruto, sendo que um total de 1,43 milhões de empresas empregaram 10,17 milhões de pessoas. Esses valores são divididos da seguinte forma:
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Pesquisa Anual de Comércio – 2019 |
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Receita operacional líquida |
Valor adicionado bruto |
Pessoal ocupado em 31.12 |
Número de empresas |
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Comércio de veículos, peças e motocicletas |
R$ 392,36 bilhões |
R$ 60,73 bilhões |
907.996 |
139.496 |
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Comércio por Atacado |
R$ 1,79 trilhão |
R$ 236,4 bilhões |
1.714.732 |
202.027 |
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Comércio Varejista |
R$ 1,78 trilhão |
R$ 363,58 bilhões |
7.544.289 |
1.092.643 |
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Total |
R$ 3,97 trilhões |
R$ 660,72 bilhões |
10.167.017 |
1.434.166 |
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Valor Adicionado |
O IBGE, nas Contas Nacionais Trimestrais, inclui comércio como uma atividade do setor de serviços. Por motivo analítico, apresenta-se, aqui, o comércio separadamente.
O Valor Adicionado[3], somado aos impostos, compõe o Produto Interno Bruto (PIB)[4] do País.
No primeiro trimestre de 2022, o setor de serviços (com exclusão do comércio) representava 54,4% do Valor Adicionado. O setor industrial representava 22,5% do Valor Adicionado. Por sua vez, isoladamente, o setor de comércio[5] correspondia a 15,6% do Valor Adicionado. A agropecuária equivalia a 7,5% desse indicador. Esses percentuais são calculados com base nos valores correntes (acumulados em quatro trimestres) disponibilizados pela pesquisa Contas Nacionais Trimestrais (CNT), do IBGE.
Ao desagregar os grandes setores, constata-se a participação das atividades na composição do Valor Adicionado da seguinte forma no primeiro trimestre de 2022: Construção (2,5%); Eletricidade e gás, água, esgoto, ativ. de gestão de resíduos (2,8%); Informação e comunicação (3,4%); Transporte, armazenagem e correio (3,7%); Indústrias extrativas (5,6%); Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (6,2%); Agropecuária (7,5%); Atividades Imobiliárias (9,5%); Indústrias de transformação (11,5%); Outras atividades de serviços (15,3%); Comércio (15,6%); Adm., defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (16,3%).
Assim, individualmente, o Comércio aparece como a atividade privada com maior valor adicionado à economia (15,6%).
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Emprego celetista |
O estoque celetista, em abril de 2022, contabilizou 41.448.948 vínculos.[6] Isoladamente, as atividades de “comércio” e de “reparação de veículos automotores e motocicletas” empregavam 9.551.776 pessoas em vagas celetistas.
Observa-se a participação percentual dos setores no estoque do emprego celetista da seguinte forma: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aqüicultura (4%); Construção (6%); Indústria geral (19%); Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (23%); Serviços (48%).
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Varejo |
O IBGE distingue o varejo (restrito) e o varejo ampliado, sendo que o segundo considera as atividades do primeiro, além do comércio de “veículos e motos, partes e peças” e de “material de construção”. Essa divisão está detalhada no quadro a seguir:
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COMÉRCIO VAREJISTA (2) |
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1 - Combustíveis e lubrificantes |
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2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo |
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2.1 - Super e hipermercados |
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3 - Tecidos, vest. e calçados |
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4 - Móveis e eletrodomésticos |
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4.1 - Móveis |
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4.2 - Eletrodomésticos |
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5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria |
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6 - Livros, jornais, rev. e papelaria |
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7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação |
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8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico |
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COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) |
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9 - Veículos e motos, partes e peças |
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10- Material de construção |
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Fonte: IBGE (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10. |
De acordo com IBGE (Pesquisa Mensal de Comércio), em abril de 2022, o volume de vendas no comércio varejista (restrito) cresceu 0,9% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal. [7] Na série sem ajuste, frente a abril de 2021, o comércio varejista cresceu 4,5%.[8] No acumulado dos últimos dozes meses, o resultado do volume de vendas do comércio varejista foi de 0,8%.[9]
Para o varejo ampliado, a variação do volume de vendas do varejo acumulada em 12 meses, por atividades, apresenta os resultados seguintes em abril de 2022: Eletrodomésticos (-14,3%); Móveis (-7,0%); Material de construção (-4,1%); Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-2,3%); Hipermercados e supermercados (-1,9%); Combustíveis e lubrificantes (1,9%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (5,7%); Livros, jornais, revistas e papelaria (5,8%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,2%); Veículos, motocicletas, partes e peças (10,0%); Tecidos, vestuário e calçados (19,4%).
Calculado pelo IBGE, o Número Índice (2014=100) para o volume de vendas do varejo encontrava-se 101,1 pontos em abril de 2022. Esse indicador atingiu 78,9 pontos em abril de 2020, seu pior momento na pandemia de coronavírus. A média do Número Índice foi de 95,4 pontos em 2019. A média desse indicador ficou de 96,1 pontos em 2020. Essa média situou-se em 98 pontos em 2021. Em 2022, a média encontra-se em 99,4 pontos. Portanto, o atual patamar do volume de vendas do varejo (restrito) é superior ao período pré-pandemia.
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Arrecadação Federal |
Em 2020, considerando uma arrecadação federal de R$ 1,37 trilhão, o valor advindo do Comércio foi de R$ 240,7 bilhões (17,5%) distribuídos da forma seguinte: comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (R$ 22,12 bilhões); comércio por atacado, exceto veículos automotores e motocicletas (R$ 122,04 bilhões); comércio varejista (R$ 96,52 bilhões).[10]
[1] IBGE. Pesquisa Anual de Comércio – 2019. Tabelas. Disponíveis em < https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/comercio/9075-pesquisa-anual-de-comercio.html?=&t;=resultados > Acesso em 23/06/2022.
[2] Exclui-se da Receita Bruta, impostos sobre vendas, vendas canceladas, descontos incondicionais, abatimentos, e outros impostos e contribuições.
[3] Segundo a metodologia do IBGE, o Valor Adicionado Bruto é valor que a atividade agrega aos bens e serviços consumidos no seu processo produtivo. É a contribuição ao produto interno bruto pelas diversas atividades econômicas, obtida pela diferença entre o valor bruto da produção e o consumo intermediário absorvido por essas atividades. A metodologia está disponível em < https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv96834.pdf >
[4] Segundo a metodologia do IBGE, o Produto Interno Bruto é total dos bens e serviços produzidos pelas unidades produtoras residentes destinados ao consumo final sendo, portanto, equivalente à soma dos valores adicionados pelas diversas atividades econômicas acrescida dos impostos, líquidos de subsídios, sobre produtos. O produto interno bruto também é equivalente à soma dos consumos finais de bens e serviços valorados a preço de mercado sendo, também, equivalente à soma das rendas primárias. A metodologia está disponível em < https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/livros/liv96834.pdf >
[5] O IBGE inclui comércio dentro do setor de serviços. Por razões analíticas, os dois setores foram separados. As Contas Nacionais Trimestrais, do IBGE consideram que “Comércio” incluiu “Comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas”, “Comércio por atacado” e “Comércio a varejo”.
[6] MTP/Caged < http://pdet.mte.gov.br/images/Novo_CAGED/Abr2022/1-sumarioexecutivo.pdf > Acesso em 07/06/2022.
[7] IBGE. Pesquisa Mensal de Comércio. Disponível em < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/34048-vendas-no-varejo-crescem-0-9-em-abril > Acesso em 10/06/2022.
[8] IBGE. Pesquisa Mensal de Comércio. Disponível em < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/34048-vendas-no-varejo-crescem-0-9-em-abril > Acesso em 10/06/2022.
[9] IBGE. Pesquisa Mensal de Comércio. Disponível em < https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-sala-de-imprensa/2013-agencia-de-noticias/releases/34048-vendas-no-varejo-crescem-0-9-em-abril > Acesso em 10/06/2022.
[10] Receita Federal. Arrecadação das Receitas Administradas pela RFB. Disponível em < https://www.gov.br/receitafederal/pt-br/acesso-a-informacao/dados-abertos/receitadata/arrecadacao/arrecadacao-por-divisao-economica-da-cnae/arrecadacao-por-divisao-economica-cnae-2011-2020.pdf > Acesso em 23/06/2022.