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Industrialização sustentável precisa ser inclusiva, diz secretária de Economia Verde do MDIC
Foto: Júlio César Silva/MDIC
O caminho para uma indústria mais verde e sustentável ganhou destaque em falas da secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Julia Cruz, nesta quinta-feira (09/10), em dois painéis do Festival Curicaca: “Despoluir para Crescer – A Indústria na Era da Descarbonização” e “Diálogos sobre Indústria Sustentável – A Nova Indústria Brasil (NIB) e o Plano de Transformação Ecológica”.
“Quando a gente fala de sustentabilidade, essa mudança em direção a um modelo de produção mais sustentável é também uma mudança em direção a um modelo mais inclusivo”, afirmou.
Para a secretária, a Nova Indústria Brasil (NIB) representa uma oportunidade não só para o desenvolvimento de negócios mais inovadores e sustentáveis, como também para gerar empregos que favoreçam parcelas da população mais pobres e vulneráveis aos efeitos das mudanças climáticas.
“Precisamos pensar a sustentabilidade a partir da perspectiva de inclusão dessas pessoas”, disse Julia. “Essa também é uma opção ética por começar com quem está sofrendo mais intensamente os efeitos da mudança climática”.
A secretária argumentou que soluções de descarbonização, como o mercado de carbono, precisam apresentar alternativas capazes de engajar essas pessoas, por exemplo, no combate ao desmatamento.
“Para eliminar esse problema, precisamos criar alternativas de renda que façam com que a derrubada das florestas perca velocidade e que traga mais valor para a floresta em pé”, defendeu.
Julia falou da necessidade de uma concertação internacional para que o mercado de carbono produza benefícios à humanidade. “Uma das iniciativas em estudo é uma coalizão de mercados de carbono, que tragam para a mesa todos os países que estão implementando esses mercados para estabelecer uma governança comum, democrática e aberta, em que todos possam participar da definição das regras”.