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Alckmin destaca a Nova Indústria Brasil na abertura do Festival Curicaca
Na abertura do Festival Curicaca, nesta terça-feira (7/10), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, destacou a importância do investimento em inovação para agregar valor à produção Nacional.
Usando um exemplo da indústria da saúde, Alckmin explicou que com pesquisa e inovação foi possível usar uma membrana que envolve o coração de porco no lugar da válvula aórtica do coração humano, ajudando a controlar o fluxo de sangue.
“Quanto custa um quilo de carne de porco? 20 reais, 25 reais? Quanto custa uma válvula aórtica? R$ 60 mil. Isso é tecnologia e indústria. Então, nós temos que ter uma indústria mais inovadora. Universidade, instituto de pesquisa, setor produtivo, todo mundo junto, para a gente poder avançar mais”, destacou o ministro.
Ele explicou que inovação é um dos quatro eixos da Nova Indústria Brasil (NIB). A política industrial lançada pelo governo federal também busca desenvolver uma indústria mais exportadora, competitiva e sustentável.
Organizado pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI), ligada ao MDIC, o Festival Curicaca tem uma programação extensa, até o próximo sábado (11/10), para conectar tecnologia, inovação, sustentabilidade e cultura, tendo como pano de fundo as 6 missões da política Nova Indústria Brasil (NIB).
Brasil Mais Produtivo
Antes da fala do vice-presidente Geraldo Alckmin, foi exibido um vídeo do MDIC apresentado um balanço de dois anos do novo ciclo do programa Brasil Mais Produtivo. Com o objetivo de aumentar a produtividade e promover transformação digital, o programa coordenado pelo MDIC já tem mais de 44 mil micro, pequenas e médias empresas indústrias cadastradas na plataforma de competitividade. Dessas, mais de 26 mil já receberam consultoria presencial.
Entre os resultados alcançados, o Brasil Mais Produtivo gerou 28,4% de melhoria de produtividade das empresas atendidas e economia de 19,6% no consumo de energia.
Coordenado pelo MDIC, o Brasil Mais Produtivo conta com a parceria do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI) e da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). O Sebrae e o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) são executores do programa.
A porta de entrada do Brasil Mais Produtivo, disponível para empresas industriais de qualquer lugar do país, é a Plataforma de Produtividade, que pode ser acessada pelo site do Brasil Mais Produtivo. Além de um diagnóstico gratuito da empresa, o programa federal oferece serviços de consultoria, educação profissional e apoio financeiro para melhorar a gestão, otimizar processos e promover o uso de tecnologias na empresa, pilares indispensáveis para a competitividade dos negócios.
Economia verde e inovação
A transição ecológica e a bioindústria sob comando feminino também fizeram partes dos debates promovidos pelo Festival Curicaca. A secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Julia Cruz, participou da programação da Bancada Feminina na COP 30, na mesa “Economia Verde e Inovação”, ao lado de parlamentares e representantes de instituições.
“O projeto de desenvolvimento para o Brasil precisa necessariamente passar pela redução de desigualdades e pela inclusão social”, argumentou Julia. “Quando falamos de desenvolver a economia verde não é para que o Brasil se torne um exportador de commodities, mas para que pensemos formas de desenvolver essa economia agregando valor para o país, fomentando a indústria nacional. É com a indústria que reduzimos desigualdades e promovemos desenvolvimento a partir da renda, do conhecimento tecnológico”, complementou.
Segundo a secretária, a característica inclusiva da economia verde é essencial para garantir a valorização das mulheres. “Mesmo quando o desenvolvimento da economia verde inclusiva dá certo, não é automática a inclusão para as mulheres”, afirmou Julia. “Do ponto de vista das oportunidades, da política pública, se você incluiu as mulheres, e em particular as mulheres negras, você chegou em todo mundo”, detalhou.
Foto : Cadu Gomes/VPR