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ECONOMIA VERDE
Lideranças femininas debatem o Plano Nacional de Economia Circular sob a ótica da equidade de gênero
O Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) promoveu, nesta terça-feira (25), encontro com mais de 40 lideranças femininas para um debate sobre o Plano Nacional de Economia Circular, com intuito de endereçar a equidade de gênero e de definir prioridades. Esse foi o terceiro encontro do grupo Elas na Economia Circular, que contou com a participação de representantes do governo, de associações, de instituições internacionais e da sociedade civil.
“Não podemos discutir um Plano Nacional sem esse olhar muito específico de gênero, principalmente quando olhamos para a base da economia circular, formada por catadores, dos quais 70% são mulheres”, ressaltou a secretária-executiva adjunta do MDIC, Aline Damasceno.
Para Sissi Alves da Silva, coordenadora-geral de Bioeconomia e Economia Circular do MDIC, é fundamental identificar os desafios que impedem avanços rumo a políticas mais inclusivas para as mulheres. "Nosso principal objetivo, ao discutir o Plano Nacional de Economia Circular, neste encontro, é compreender os principais obstáculos que dificultam a participação feminina nesse mercado de trabalho", destacou.
“O papel do MDIC à frente desse movimento tem sido fundamental na promoção do diálogo entre o público, o privado e organizações do terceiro setor, que têm muito a contribuir na construção de políticas públicas”, opinou a assessora de relações corporativas da Ambipar, Ketlin Feitosa, que também participou do encontro.
A analista de Políticas e Indústria da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Larissa Malta, também destacou a importância do apoio dado pelo MDIC ao grupo Elas na Economia Circular. “Ter um espaço para debater o papel da mulher dentro de novas políticas é essencial para dar maior visibilidade à questão”, afirmou.
Já a gerente de sustentabilidade do Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja (Sindicerv), Priscilla Gurgel, acredita que a economia circular pode auxiliar mulheres mais pobres a encontrarem caminhos para empregos melhores. “É um tema que tem um aspecto muito importante de redução de desigualdade de gênero, uma vez que muitas mulheres marginalizadas em comunidades podem se beneficiar de empregos mais verdes, mais sustentáveis”, argumentou.
Plano Nacional
Durante a reunião, as lideranças femininas se debruçaram sobre as ações que podem fazer parte do Plano Nacional de Economia Circular, cuja consulta pública foi finalizada no último dia 19 com a contribuição de 1.627 apontamentos realizados por cidadãos, empresas e associações. Neste momento, essas contribuições estão sendo analisadas pela Coordenação-Geral de Bioeconomia e Economia Circular do MDIC e integrantes do Fórum Nacional de Economia Circular de diversas instituições públicas e privadas, para serem consolidados em um documento final a ser lançado ainda no primeiro semestre.
O texto conta com elaboração conjunta por técnicos do MDIC e dos ministérios do Meio Ambiente, da Ciência, Tecnologia e Inovação e da Fazenda; além de representantes da ABDI, Anvisa, BNDES, CEBDS, CNI, Fundação Ellen MacArthur, IBEC, Unicatadores e PNUMA, assim como membros do Fórum Nacional de Economia Circular.