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ELETROELETRÔNICOS
Alckmin e secretários do MDIC destacam papel da NIB e as ações do governo no crescimento da indústria
As medidas do governo federal para tornar a indústria brasileira mais inovadora, sustentável e competitiva têm contribuído pelo fortalecimento do setor de eletroeletrônicos no Brasil, segundo destacou vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, em saudação, por vídeo, aos participantes do seminário em comemoração dos 30 anos da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros), quarta-feira (27/8) em Brasília.
Os debates do evento tiveram ainda a participação de um secretário e duas secretárias do MDIC: Uallace Moreira, Juliana Cruz e Tatiana Prazeres.
Em sua fala, Alckmin lembrou da importância do setor que corresponde a 3% do PIB industrial brasileiro e gera 250 mil empregos diretos e indiretos. Em 2024, as vendas do setor cresceram 29%, com mais de 120 milhões de unidades produzidas e investimentos de R$ 10 bilhões.
“O governo do presidente Lula tem atuado com firmeza no sentido de melhorar as condições de produtividade e competitividade no segmento, com diversas iniciativas da Nova Indústria Brasil”, disse o ministro, citando ações como recursos para inovação com taxa de juros em TR, capacitação profissional e o programa de depreciação acelerada, entre outros.
Indústria e desenvolvimento
Nos debates, o secretário de Desenvolvimento Industrial, Inovação, Comércio e Serviços do MDIC, Uallace Moreira destacou o papel da indústria para o crescimento do país.
“Os países que conseguiram ascender do ponto de vista de riqueza, de renda, foi porque tiveram políticas industriais”, afirmou. “Não há a menor possibilidade de um país se desenvolver sem indústria, que é o vetor da inovação e da difusão tecnológica”, complementou.
Ante os desafios apresentados pelo cenário internacional, sobretudo as tarifas unilaterais impostas pelos Estados Unidos ao Brasil, o secretário reforçou a importância da retomada do desenvolvimento do setor industrial brasileiro proporcionada pela Nova Indústria Brasil (NIB).
“Costumo dizer que a NIB, embora seja construída pelo governo, está sendo desenvolvida com a perspectiva de se tornar uma política de Estado”, apontou. “E cabe ao setor privado brigar para que ela se mantenha independentemente de governo”, completou.
Circularidade
Já a secretária de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do MDIC, Julia Cruz, trouxe à discussão as vantagens estratégicas nacionais em termos de crescimento verde inclusivo.
“Quando olhamos para a indústria brasileira, temos uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo e com um histórico de desenvolvimento e empreendedorismo em áreas como biocombustíveis e bioindústrias que são muito vantajosas para o Brasil e que não tem nada nem perto disso em outros países”, apresentou.
A Economia Circular também ganhou destaque. “Apesar do setor elétrico apresentar um alto impacto ambiental, ele também tem insumos críticos nos resíduos, que podem ser usados como recursos para inovação do design, para reparo, para reuso, para reciclagem e para reposicionamento”, enumerou.
“Desse modo, geramos um ciclo qualificado em que a política industrial e a circularidade geram aumento de produtividade e geram protagonismo para o Brasil em tecnológica elétrica”, concluiu.
Competitividade
Por fim, a secretária de Comércio Exterior do MDIC, Tatiana Prazeres, listou ações do governo que contribuem para melhorar a competitividade do país.
“Nós sabemos que o comércio é uma via de mão dupla e, nos últimos anos, temos trabalhado para tornar o comércio do Brasil mais competitivo”, afirmou. Duas medidas governamentais adotadas nesse sentido, e citadas pela secretária, foram a Reforma Tributária e o Acredita Exportação.
“O Brasil ainda é um país que exporta tributos e a Reforma Tributária ataca esse problema, desonera as nossas rendas, desonera os investimentos, com um ganho importante que vale destacar”, argumentou. “Outra ação importante é o Acredita Exportação. Enquanto a reforma tributária não produzir efeitos, o programa devolve esse resíduo para o exportador”, completou.
A secretária ainda citou uma série de acordos internacionais importantes que devem aumentar o fluxo de comércio do Brasil com o restante do mundo, como os acordos Mercosul-União Europeia, Mercosul- Singapura e Mercosul-EFTA.