QVT - Qualidade de Vida e Saúde no MDA
PROGRAMA DE QUALIDADE DE VIDA E SAÚDE NO MDA
Diretrizes para implementação de um programa eficaz de Qualidade de Vida e Saúde no Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), considerando as seguintes práticas:
1. Diagnóstico do Ambiente de Trabalho – Realização da Pesquisa de QVT (Consultoria MGI em parceria com o INCRA)
- Realização de um diagnóstico detalhado do ambiente organizacional atual, identificando pontos fortes e fracos, para avaliar com dados e evidências, a satisfação dos servidores e colaboradores, condições de trabalho, remuneração e oportunidades de desenvolvimento no MDA.
2. Promoção de Saúde Mental e Física
- Realização de palestras sobre saúde mental, programas de meditação e atividades físicas. Espaços de descompressão e eventos de autocuidado.
3. Ações de Prevenção e Promoção
- Realização de ações de prevenção e promoção da saúde, realização dos Exames Periódicos, programa de alimentação saudável e práticas corporais (exercícios laborais). (Ex: Circuitos de saúde com parceiros GEAP e ASSEFAZ)
4. Promoção de uma Cultura Organizacional Positiva com Prevenção de Assédios
- Fomentar uma cultura organizacional no MDA, que valorize a diversidade, inclusão e respeito aos direitos humanos. (Ex: Criação do PROGRAMA MDA Acolhe)
Qualidade de Vida no Trabalho - Dicas para práticas organizacionais efetivas elaboradas pelo grupo LA-BORA!gov: Clique aqui.
O investimento em ações de qualidade de vida no trabalho (QVT) visa ao aumento do bem-estar, do envolvimento e do desempenho sustentável de trabalhadores na organização. Surpreendentemente, o estresse no trabalho e o burnout continuam sendo um problema global, com impactos diretos na saúde individual e na qualidade dos serviços e produtos oferecidos aos cidadãos.
Para elaboração do PROGRAMA de QVT e Saúde da CGGP/ SPOA/ SE/ MDA
Para medir a eficácia de um programa de Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) no setor público, é fundamental adotar uma abordagem multidimensional que combine a percepção dos servidores com indicadores organizacionais objetivos. As melhores práticas para essa avaliação incluem:
a) Avaliação da Percepção dos Servidores
Aplicação de questionários estruturados baseados em modelos teóricos consolidados, como o modelo de Ferreira (2011) ou o modelo de Walton, que avaliam múltiplos fatores da QVT, tais como:
§ Condições de trabalho e suporte organizacional;
§ Organização do trabalho;
§ Relações socioprofissionais;
§ Reconhecimento e crescimento profissional;
§ Equilíbrio entre trabalho e vida social.
b) Análise Estatística dos Dados - Realização de análises quantitativas, como análise fatorial exploratória para identificar os principais fatores que influenciam a QVT. Uso de testes estatísticos verificar diferenças significativas na percepção da QVT.
c) Indicadores Organizacionais Objetivos - Monitoramento de indicadores como:
§ Índice de turnover (rotatividade de pessoal)
§ Índice de absenteísmo (faltas ao trabalho)
§ Indicadores de saúde dos funcionários e níveis de estresse
Comparação desses indicadores antes e depois da implantação do programa para verificar impactos positivos, como redução do turnover e absenteísmo, melhoria na saúde e hábitos dos servidores.
d) Avaliação Contínua e Participativa - Envolvimento dos servidores na avaliação para garantir que as ações estejam alinhadas às suas necessidades e percepções. Realização periódica das avaliações para acompanhar a evolução do programa de QVT e Saúde e ajustar as ações conforme os resultados obtidos.
e) Integração dos Resultados - Combinação dos dados subjetivos (percepção dos servidores) com os dados objetivos (indicadores organizacionais) para uma avaliação integrada e mais completa da eficácia do programa de QVT e Saúde.
Essa abordagem permite não apenas medir a satisfação e o bem-estar dos servidores, mas também correlacionar esses aspectos com resultados organizacionais relevantes, garantindo que o programa de QVT no setor público seja efetivo e contribua para a melhoria do ambiente de trabalho e da prestação de serviços públicos.
Embasamento Teórico
O modelo de Walton é amplamente reconhecido e utilizado para avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) por diversos motivos que trazem benefícios importantes para organizações, incluindo o setor público. Os principais benefícios de utilizar o modelo de Walton para avaliar a QVT são:
1. Abrangência e Completo Enfoque Multidimensional
Walton propõe oito categorias que cobrem uma ampla gama de fatores que influenciam a QVT, incluindo aspectos tangíveis e intangíveis do ambiente de trabalho, tais como:
§ Compensação justa e adequada
§ Condições de segurança e saúde no trabalho
§ Uso e desenvolvimento das capacidades
§ Oportunidades de crescimento e segurança
§ Integração social na organização
§ Garantias constitucionais (direitos e respeito às leis)
§ Equilíbrio entre trabalho e vida pessoal
§ Relevância social do trabalho
Essa abrangência permite uma avaliação holística da QVT, indo além do ambiente físico para incluir dimensões sociais, psicológicas e organizacionais.
2. Flexibilidade e Adaptabilidade
O modelo não estabelece uma hierarquia fixa entre os critérios, permitindo que cada organização ou grupo de trabalhadores adapte a importância relativa dos fatores conforme sua realidade e contexto específico. Isso torna o modelo flexível e aplicável a diferentes ambientes e perfis de colaboradores.
3. Ênfase na Humanização do Trabalho e Responsabilidade Social
Walton destaca a importância de humanizar o ambiente de trabalho, valorizando as necessidades e desejos dos trabalhadores, e promovendo a responsabilidade social da organização. Isso contribui para um ambiente mais motivador e saudável, alinhado com valores contemporâneos de gestão de pessoas.
4. Validade e Reconhecimento Científico
O modelo de Walton é um dos mais utilizados e validados internacionalmente para avaliação da QVT, com instrumentos adaptados e testados que apresentam alta confiabilidade. Isso garante resultados consistentes e confiáveis para a tomada de decisão.
5. Facilita a Identificação de Áreas de Melhoria
Ao segmentar a QVT em oito critérios claros, o modelo permite identificar com precisão quais áreas do ambiente de trabalho necessitam de intervenção, facilitando o planejamento de ações específicas para melhorar a satisfação e o bem-estar dos colaboradores.
6. Integração entre Vida Profissional e Pessoal
O modelo reconhece a importância do equilíbrio entre trabalho e vida pessoal, um aspecto fundamental para a qualidade de vida dos servidores e colaboradores, especialmente em contextos públicos onde o estresse e a sobrecarga podem ser elevados.
Esses benefícios fazem do modelo de Walton uma ferramenta robusta, flexível e abrangente para avaliar a Qualidade de Vida no Trabalho, especialmente adequada para organizações públicas como o Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), que buscam promover ambientes de trabalho mais humanos, justos e produtivos.