Como Acessar
O acesso à Política Nacional de Abastecimento Alimentar (PNAAB) ocorre de forma indireta e descentralizada, por meio dos programas, equipamentos públicos e instrumentos que compõem sua estrutura operacional. Como se trata de uma política pública sistêmica e intersetorial, não há um “cadastro único” ou plataforma central para adesão; em vez disso, o acesso depende do papel de cada sujeito ou instituição dentro da política — seja como beneficiário consumidor, fornecedor de alimentos ou ente executor.
Para a população em geral, o acesso se dá principalmente por meio dos equipamentos públicos de abastecimento alimentar, como bancos de alimentos, feiras públicas, mercados municipais, cozinhas solidárias, centrais de distribuição e restaurantes populares, que são implantados e mantidos por estados e municípios com apoio da União. Esses espaços garantem o acesso físico e financeiro a alimentos adequados, muitas vezes a preços subsidiados ou gratuitos, priorizando famílias em situação de vulnerabilidade.
Os agricultores familiares, cooperativas, associações e povos e comunidades tradicionais acessam a PNAAB na condição de fornecedores. Isso ocorre através de programas vinculados, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), que realizam compras institucionais de alimentos diretamente da agricultura familiar com dispensa de licitação, conforme previsto na Lei nº 14.628/2024. Para participar, esses produtores precisam estar organizados formalmente (por exemplo, com CNPJ, DAP ou CAF ativa) e cadastrados nos sistemas de compras públicas dos órgãos contratantes, como prefeituras, estados ou órgãos federais.
Os entes federativos (União, estados, Distrito Federal e municípios) acessam a PNAAB mediante adesão institucional e pactuação de planos de abastecimento alimentar. Isso se dá por meio da elaboração de Planos Estaduais ou Municipais de Abastecimento Alimentar, que integram o planejamento territorial e permitem receber apoio técnico e financeiro da União. A adesão pode ocorrer por meio de convênios, termos de cooperação, emendas parlamentares ou programas de fomento vinculados ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).
Além disso, organizações da sociedade civil, universidades e instituições públicas podem acessar a política por meio de editais, chamadas públicas e parcerias interinstitucionais, participando de ações de pesquisa, capacitação, monitoramento e execução de projetos voltados à segurança alimentar e ao fortalecimento dos sistemas locais de abastecimento.
Em resumo, o acesso à PNAAB se dá de maneira descentralizada e participativa, por meio dos instrumentos e programas que a compõem. Cada segmento — cidadão, agricultor, gestor público ou instituição — acessa a política de forma distinta, mas integrada, conforme seu papel dentro do Sistema Nacional de Abastecimento Alimentar.
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