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Parceria entre Ministério da Igualdade Racial e IFES com alcance nacional destina mais de R$2,9 milhões a 75 projetos
O Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio da Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Senapir), formou uma parceria com duas Instituições Federais de Ensino Superior (IFES) resultando em apoio a 75 projetos que alcançam as cinco regiões do país. Com coordenação da Diretoria de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação (Damgi), da Senapir, a iniciativa em parceria com a Universidade de Brasília (UnB) e com o Instituto Federal de Brasília (IFB), estimula a área de pesquisa, extensão e eventos científicos no Brasil.
As propostas foram selecionadas por meio de editais no fim de 2024 e receberão apoio ao longo de 2025. Os projetos têm como objetivo o combate à discriminação racial e o fomento à igualdade de oportunidades para pessoas negras e para outros segmentos étnico-raciais, sobretudo aqueles em situação de vulnerabilidade.
As iniciativas apoiadas pela parceria se relacionam à promoção de equidade racial, inclusão social e valorização da diversidade, incentivando ações que possam ser replicadas em outras instituições e que contribuam para o desenvolvimento de metodologias de ensino e extensão inovadoras e antirracistas.
No caso dos projetos apoiados, sua estrutura é baseada nos seguintes eixos: apoio a pesquisas sobre políticas públicas de igualdade racial; fomento à Núcleos de Estudos Afro-brasileiros (NEABs) e grupos correlatos, com foco em políticas públicas de promoção da igualdade racial; e Núcleos de Prática Jurídica voltados à formação em direito antidiscriminatório e atendimento a vítimas de racismo.
Redes Antirracistas – O Projeto Redes Antirracistas de ensino, pesquisa e extensão visa fomentar ações desse tripé fundamental das IFES, com foco na proposição e aperfeiçoamento de políticas públicas de Promoção da Igualdade Racial em universidades e na Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
As áreas prioritárias incluem educação, direitos humanos, administração pública e políticas públicas voltadas à PIR.
Apoio e incentivo à produção científica nacional – A parceria do MIR com o IFB se deu por meio do Termo de Execução Descentralizada (TED) nº 11/2023 e conta com investimento no valor total de R$ 2.385.402,11. Desse valor, R$1.767.000,00 é o montante voltado para apoio aos projetos, sendo parcelado ao longo de 12 meses. Já a parceria entre MIR e UnB, firmada por meio do TED nº 26/2023, tem valor total de R$ 3.732.681,39, contando com repasse aos apoiados de R$ 1.215.000,00.
Os 75 projetos contemplados com os recursos, ao longo de 12 meses, estão divididos entre as Redes Antirracistas da UnB e do IFB.
Na Universidade de Brasília, os projetos estão divididos nos eixos: Observatório de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Oppir); Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros (NEABs); Núcleos de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABIs); e grupos correlatos, além do eixo Núcleo de Práticas Jurídicas (NPJ), que selecionou projetos para fomentar estratégias de combate ao racismo e à intolerância religiosa.
"Com o Redes Antirracistas MIR-UnB fomentamos o debate sobre desigualdades raciais e a promoção de políticas públicas de igualdade étnico-racial, com foco especial na implementação de ações afirmativas no ensino superior e em outros níveis educacionais", colocou o professor do Departamento de Sociologia da UnB, Joaze Bernardino. Ele é um dos articuladores do projeto, juntamente com a professora da Faculdade de Educação, Renísia Garcia. Ela considera que a seleção revelou riqueza de temas e potencialidades para diversas áreas. "A região Nordeste teve notável desempenho na oferta de projetos de excelência e se destaca por sua participação e engajamento", opina a docente.
Impacto nacional e valorização de pesquisadores – "Essa parceria entre o IFB e o MIR é importante não apenas pela sua dimensão e alcance, mas por inaugurar uma lógica de visibilidade às práticas antirracistas seja no ensino, na pesquisa ou na extensão, no âmbito da Rede Federal", defende a coordenadora-geral do projeto no IFB, professora Nilzélia Oliveira. Ela afirma que a parceria rendeu e renderá muitos frutos, “como os mais de 60 projetos fomentados nas cinco regiões do Brasil e a criação de um Observatório de Políticas Públicas de Igualdade Racial. O IFB, como dinamizador dessa parceria, espera que o MIR e o Estado brasileiro como um todo, possam aprimorar políticas de transformação da realidade ainda tão marcada por inúmeras violências, dentre elas a expressiva desigualdade racial."
O cordenador-geral de Monitoramento da Damgi, Luciano Silva, considera que “os editais de fomento à pesquisas e projetos ofertados em parceria com o IFB e a UnB são cruciais para fomentar iniciativas de promoção da igualdade racial, considerando a notável capilaridade da Rede Federal de Ensino e suas contribuições para a inserção e discussão da pauta racial nos territórios."
Já Ana Carolina Ferreira, coordenadora-geral de gestão de conhecimento da Damgi, afirma que “o Ministério da Igualdade Racial segue em diálogo com as áreas de educação, pesquisa, tecnologia e eventos científicos por todo o Brasil, reforçando seu compromisso de fomentar o desenvolvimento da sociedade através de ações que alcançam diversos territórios do país e ampliam o combate ao racismo e promoção da igualdade racial.”
Acesse a lista com nomes e títulos dos projetos de todos os contemplados no Projeto Redes Antirracistas por meio dos links:
>>Resultado definitivo Redes Antirracistas IFB