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Missão do MIR no Chile finaliza com avanços para cooperação internacional e implementação da agenda 2030
Foto: Thaylyson dos Santos
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) esteve em missão oficial no Chile, entre os dias 31 de março e 4 de abril. A delegação participou da 8ª Reunião do Fórum dos Países da América Latina e do Caribe sobre Desenvolvimento Sustentável e da 36ª sessão da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), ambos promovidos pelas Nações Unidas.
Dentre os destaques, o MIR celebrou um memorando de entendimento com a Cepal, estabelecendo um marco de cooperação técnica voltado à promoção da igualdade racial e ao fortalecimento institucional dos países da região no enfrentamento ao racismo estrutural.
A secretária-executiva do MIR, Roberta Eugênio, participou do seminário "Capacidades estatais para o desenvolvimento sustentável com justiça étnico-racial", na Universidade do Chile. Ela integrou a mesa “Justiça étnico-racial e Agenda 2030: experiências nacionais”, na qual apresentou as diretrizes e ações do ministério relacionadas à inclusão da dimensão étnico-racial nas políticas públicas e no debate sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com destaque para a proposta do ODS 18 – Igualdade Étnico-racial.
“Temos contribuído com o debate [do ODS 18] por meio do fortalecimento das metas e futuramente para os indicadores, trazendo a compreensão de como a igualdade étnico-racial precisa ser considerada de modo central enquanto um vetor de desenvolvimento sustentável”, ressalta a secretária Roberta.
Clédisson Júnior, secretário de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, participou do evento paralelo “Afrodescendentes na América Latina e no Caribe: uma abordagem às realidades sociais e territoriais do mundo rural”, que apresentou relatório produzido pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e pela Cepal. O documento trata da presença de populações afrodescendentes em zonas rurais da região, com ênfase em temas como visibilidade estatística, reconhecimento, acesso a serviços básicos e políticas públicas.
O secretário também integrou a mesa “COP 30 e o legado da Amazônia para o mundo: sinergias entre democracia, sustentabilidade, saúde e desenvolvimento inclusivo”. Na ocasião, Clédisson destacou: “O MIR busca o fortalecimento de um princípio que é muito caro a esse governo, que é a participação popular, em especial dos grupos racializados. É fundamental que possamos dialogar em torno de uma agenda ecológica justa e de forma que todos participem desse processo”.