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MIR trabalha para inclusão do termo Afrodescendente nos documentos oficiais da COP
Foto: MIR
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) segue atuando na 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), em Belém. Nesta quarta-feira (12), a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, conversou, intensamente, com países sobre a adoção do termo “Afrodescendente” nos documentos oficiais da COP30.
“A equipe do Ministério da Igualdade Racial tem atuado fortemente neste sentido. Queremos apoio dos outros países para darmos mais esse importante passo no reconhecimento da importância dos povos afrodescendentes para a preservação do nosso planeta”, colocou a ministra Anielle.
Além dos movimentos de articulação, a ministra participou do Balanço Ético Global, iniciativa inovadora da presidência da COP30 que avalia, a partir de abordagens técnicas e éticas, o avanço da pauta ambiental. Estavam presentes as ministras do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e das Mulheres, Márcia Lopes. A primeira-dama, Jana Lula da Silva também participou, assim como a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet.
Dentre as outras atividades das quais a ministra participou, estão a abertura da Cúpula dos Povos e um ato do Movimento dos Atingidos por Barragens, além do evento “Proteger Quem Protege: Reconhecimento, Participação e Segurança de Defensoras e Defensores Ambientais”, em que também estavam a Ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo, e o secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas, Eloy Terena.
“Defender os direitos humanos hoje é defender o nosso planeta, defender o clima, defender a igualdade racial, defender a igualdade de gênero, defender lutas que pautam o povo mais vulnerável desse país, sim", colocou a ministra sobre os defensores ambientais.
Pavilhão do Círculo dos Povos – A programação do espaço, na Zona Verde, aberta ao público, contou com as atividades “Vozes dos territórios: juventude negra. Racismo ambiental e luta climática” e “O Objetivo do Desenvolvimento Sustentável nº18 – ODS18: a proposição brasileira”.
Representantes do Ministério da Igualdade Racial conversaram, lado a lado com a sociedade civil organizada, sobre políticas gestadas no MIR, trazendo o avanço das políticas como o Plano Juventude Negra Viva (PJNV).
“Queremos debater a racialização do orçamento. Queremos discutir fundo municipal de igualdade racial para saber se eles têm recorte específico para a juventude negra e o PJNV”, colocou a coordenadora-geral de Políticas para Juventude Negra da Diretoria de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Florence Marcolino.
“Isso é um sonho realizado para a gente, estar aqui com nossos movimentos, falando e debatendo com a juventude”, acrescentou Elza Medeiros, do Jovens no Clima Recife. “Eu acredito muito na nossa juventude e vocês também precisam acreditar”, complementou Carlene Printes, da Coordenação das Associações das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Pará.
Já na atividade do ODS 18, a diretora de Avaliação, Monitoramento e Gestão da Informação, Tatiana Silva, lembrou que o ODS 18 é uma proposta do Governo do Brasil. “Os ministérios têm abraçado a proposta e feito a transversalidade efetivamente acontecer”, colocou. “É importante que a sociedade se engaje, já que a agenda 2030 não acontece sem participação social”, finalizou.