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MIR participa de seminário internacional na UERJ
Foto: Ana Luísa Pontes/MIR
A secretária executiva do Ministério da Igualdade Racial (MIR), Rachel Barros, falou nesta terça-feira (2), no Seminário Internacional sobre Militarização e Resistências, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ). O evento reuniu especialistas, estudantes e organizações da sociedade civil.
Rachel Barros trouxe, do ponto de vista institucional, perspectivas sobre racismo e desigualdades. “O conceito de colonialidade perdura no tempo. Partindo de dados, o Brasil continua registrando uma média anual de 35 mil assassinatos de pessoas negras; esse número é reflexo de uma estrutura hierárquica de poder baseada em raça, que determina quem vive e quem morre”, disse.
Durante o debate, a representante do MIR ainda destacou como a violência gerada pelo racismo vem provocando medo na população negra ao longo da história do País. "O medo sempre esteve presente. Desde o Brasil colônia, ele tem sido usado como instrumento para instituir políticas autoritárias e de controle social, além de ser empregado na tomada de posições estratégicas, não apenas no meio político, mas também nos campos econômicos e sociais", finalizou.
O 'Seminário Internacional Militarização, Circulações e Resistência em Perspectiva Comparada' foi promovido pelo Núcleo de Pesquisa Urbana, em parceria com o Coletivo de Pesquisa sobre Violências, Sociabilidades e Mobilidades Urbanas e com o Programa de Pós-Graduação em Relações Internacionais da UERJ.
A proposta foi reunir especialistas, estudantes e organizações da sociedade civil para debates – por meio de mesas-redondas, grupos de trabalho e atividades culturais – sobre o fenômeno da militarização no mundo contemporâneo.