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MIR lança edital para seleção de lideranças negras
Foto: Walisson Braga/MIR
O Ministério da Igualdade Racial (MIR) lançou, nesta terça-feira (9), o edital de seleção para a 1ª edição do Programa Kala-Tukula de Desenvolvimento de Lideranças para a Governança Global.
A iniciativa promove a formação de lideranças quilombolas, de povos e comunidades tradicionais de matriz africana, povos de terreiro, povos ciganos e outras representações da comunidade negra para atuação em espaços de negociação internacional, com foco nas agendas climática, ambiental e de direitos humanos.
As inscrições podem ser feitas até dia 9 de maio por meio de formulário online.
O nome da iniciativa é inspirado na cosmologia Bakongo para dar nome ao nosso programa de desenvolvimento de lideranças para a governança global. A diretora de Políticas para Quilombolas e Ciganos do Ministério da Igualdade Racial, Paula Balduino, explica que Kala representa o nascimento e o tempo de aprendizado, enquanto Tukula é o ápice da força e da liderança, um tempo de conexão direta com o mundo dos ancestrais.
"Kala-Tukula referencia os tempos de crescimento e amadurecimento coletivos, que são o grande objetivo do Programa de Desenvolvimento de Lideranças para a Governança Global”, explica a diretora Paula.
Sobre o programa – Inspirado na ancestralidade e no protagonismo das comunidades tradicionais, o Programa Kala-Tukula visa fortalecer as capacidades de influência política de lideranças negras em fóruns internacionais, em especial na preparação para a 30ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada no Brasil em 2025.
A proposta formativa do programa inclui oficinas e seminários (presenciais e virtuais), mentorias sobre incidência em espaços internacionais; curso de inglês instrumental adaptado ao público-alvo, simulações e atividades práticas de negociação, bem como fortalecimento de redes e articulações com organizações da sociedade civil credenciadas à COP30.
Serão selecionadas 100 lideranças:
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30 vagas para lideranças quilombolas;
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15 vagas para lideranças de povos e comunidades tradicionais de terreiro e de matriz africana;
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15 vagas para lideranças de povos ciganos;
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40 vagas para lideranças de outras representações da comunidade negra.
O edital prevê, ainda, paridade de gênero, diversidade regional e representatividade dos diferentes biomas brasileiros. Além das vagas titulares, será constituída uma lista de cadastro reserva com 20 nomes.
O processo seletivo será composto por Análise documental e entrevista virtual. Os detalhes e requisitos para inscrição estão no edital.