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MIR firma memorando com a Flacso para intercâmbio entre Brasil e México
Foto: Flacso México
Implementar ações de promoção da igualdade racial que contribuam efetivamente para o desenvolvimento econômico, político, cultural, social: esse foi o principal objetivo da parceria celebrada entre o Ministério da Igualdade Racial (MIR) e Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, (Flacso México). O Memorando de Entendimento entre as duas instituições foi formalizado na missão do MIR à Cidade do México (México), realizada entre os dias 27 e 31 de maio.
A partir da assinatura do instrumento, será possível desenvolver uma agenda de trabalho com capacitações, eventos, intercâmbios para o desenvolvimento de pesquisas e de divulgação do conhecimento resultante da cooperação técnico-científica. Essas ações visam o diálogo, a geração e a difusão do conhecimento sobre a história da população africana e da população afrodescendente na América Latina e no Caribe. Outra possibilidade aberta pelo Memorando é a inclusão do México como novo destino do programa de intercâmbio Sul-Sul, Caminhos Amefricanos.
Assinado pelo representante do MIR na agenda e chefe de gabinete da ministra da Igualdade Racial, Luiz Barros, o documento considera os laços de amizade e especificidades históricas, sociais, educacionais de Brasil e México.
Agenda transversal – Reafirmando o compromisso do Governo Federal com a transversalidade na pauta do esporte sem racismo, o Ministério da Igualdade Racial e o Ministério do Esporte participaram da consulta regional latino-americana “O Mundo dos Esportes Livre do Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Intolerância Correlata”, aprovada pela Resolução nº 54 do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas (CDH/ONU).
“A resolução que hoje orienta nossos trabalhos não é apenas um documento: é um chamado à ação coordenada entre Estados, organizações internacionais, federações esportivas e sociedade civil” destacou Luiz Barros. Ele lembra que o normativo é um marco na luta global por justiça racial que pode também ser estendido aos esportes. “A resolução reflete o entendimento coletivo de que o racismo nos esportes é uma violação dos direitos humanos e exige resposta firme dos Estados. Lutar por um esporte sem racismo é, portanto, uma agenda global por igualdade e por respeito”, explicou.
O encontro contou também com a presença da secretária Nacional de Excelência Esportiva, Iziane Marques, em uma ação coordenada do Governo Federal para combater o racismo no esporte. “É uma honra participar deste importante encontro internacional que debate o racismo, a discriminação e a xenofobia no esporte. Temos trabalhado de forma firme para promover a igualdade racial, inclusive no ambiente esportivo, fortalecendo políticas públicas que combatam o racismo e garantam oportunidades iguais para todos os atletas. Eventos como este são fundamentais para construirmos, juntos, um esporte livre de preconceitos, que respeite e valorize a diversidade humana”, defendeu.
Resolução 54 – Aprovada no Conselho de Direitos Humanos, ela insta os Estados, em parceria com federações e organizações esportivas nacionais, regionais e internacionais – incluindo organizações de base – a desenvolverem e financiarem campanhas de conscientização que tenham como objetivo prevenir e combater o racismo, a discriminação racial, a xenofobia e a intolerância correlata no esporte.
Ela também incentiva os atores relevantes a desenvolverem medidas e programas que contribuam para a prevenção e erradicação do racismo, da discriminação racial, da xenofobia e da intolerância relacionada aos esportes e eventos esportivos e por meio deles.