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Ministra Anielle Franco participa a cerimônia de inauguração da nova casa da Tia Ciata
Foto: Ludmila Duarte/MIR
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participou, nessa quinta-feira (25), da cerimônia de inauguração da nova casa da Tia Ciata: “A potência de um legado”.
O casarão histórico de 500 m², no Rio de Janeiro, dedicado ao samba e à memória da matriarca, passou por uma completa restauração e para preservação do seu valor histórico e cultural.
Na ocasião, foi realizada uma visita técnica com a presença do prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; o presidente da Fundação Banco do Brasil, Kleytton Morais; o chefe da Assessoria de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), Hamilton Silva; o presidente da Organização Cultural Remanescentes de Tia Ciata (ORTC), Gracy Moreira.
As autoridades também acompanharam um cortejo cultural e religioso realizado por um grupo de baianas do acarajé, que se apresentou com música e dança afro-brasileiras em um trajeto que foi desde a antiga até a nova casa da tia Ciata.
“Esse é um compromisso do Ministério da Igualdade Racial e do governo Lula: seguir construindo no Brasil políticas de memória, reconstrução dos nossos passos e dignidade para o povo negro”, afirmou a ministra Anielle Franco.
A gestora participou ainda da assinatura do Acordo de Cooperação Técnica n° 4/2025 firmado entre o MDHC e ORTC, como um instrumento de preservação e difusão do legado da cultura afro-brasileira e da Tia Ciata – figura fundamental na resistência negra e na consolidação do samba no Brasil.
Quem foi Tia Ciata – Hilária Batista de Almeida, nasceu no Recôncavo baiano, em Santo Amaro, em 13 de janeiro de 1854. Aos 16 anos participou da fundação da Irmandade da Boa Morte, em Cachoeira, outra cidade do Recôncavo. Filha de Oxum, ela foi iniciada no santo na casa de Bambochê, da nação Ketu. Aos 22 anos, trazendo consigo uma filha, mudou-se para o Rio de Janeiro, formando nova família ao se casar com João Baptista da Silva, funcionário público com quem teve 14 filhos. Continuou os preceitos do santo na casa de João Alabá, tornando-se Mãe-Pequena. Foi uma das responsáveis pela sedimentação do samba-carioca e tornou-se uma espécie de primeira-dama das comunidades negras da Pequena África.
Serviço:
Casa da Tia Ciata
Endereço: Rua Camerino, número 82, próximo do Jardim Suspenso do Valongo