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Ministra Anielle Franco fala sobre comunicação antirracista na 5ª Conapir
Foto: Bruno Fernandes/MIR
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, recebeu jornalistas e profissionais de comunicação de mídias negras, independentes e periféricas para uma conversa sobre a 5ª Conferência Nacional de Promoção da Igualdade Racial (Conapir) nesta quinta-feira (18).
Durante o momento de conversa coletiva, a ministra Anielle destacou a atuação do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e seu Conselho Nacional de Promoção da Igualdade Racial (CNPIR) na retomada da 5ª Conapir – que não era realizada há sete anos. “Estar aqui hoje, ter conseguido colocar a Conferência de pé, não foi fácil. Entregar um evento nacional após a reconstrução de um ministério que havia sido extinto é muito importante para nós. Não fizemos isso sozinhos, tudo foi feito com apoio coletivo”, afirmou.
Anielle Franco também ressaltou a importância de mídias independentes, negras e comunitárias na promoção de informação e da liberdade de expressão por meio de uma comunicação antirracista e pela igualdade racial.
“Como jornalista de formação, acredito que a mídia deve nos representar. Os discursos de ódio perpetuados por veículos tradicionais, que não consideram pautas raciais em suas diretrizes editoriais, atravessam corpos negros quando, por exemplo, tratam um transgressor da lei branco como ‘jovem’ e rotulam como ‘bandido’ alguém negro que sequer é réu”, declarou.
Igualdade racial em pauta – Eduarda Gomes, coordenadora do portal Gavião Digital, – projeto gerido por jovens de São Sebastião, Região Administrativa do Distrito Federal – participou da conversa. Ela destaca que veículos de comunicação independentes têm papel essencial no enfrentamento ao racismo “seja ao denunciar suas diversas formas de manifestação, seja ao registrar os feitos e conquistas da população periférica, em sua maioria afrodescendente."
“Nossa tarefa na luta contra o racismo sistêmico no Brasil é central e estratégico. Estamos aqui para narrar a realidade como ela é, ocupando espaços que nos foram historicamente negados e promovendo uma comunicação livre das distorções e silenciamentos que a mídia tradicional frequentemente reproduz”, finaliza.