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Ministério da Igualdade Racial participa do II Seminário Afropédia
Foto: Daniele Fernandes/TCEMG
O chefe de gabinete da ministra da Igualdade Racial, Luiz Barros, participou, nesta sexta-feira (16) da abertura do II Seminário Afropédia, na sede do Tribunal de Contas do Estado de Minas Gerais (TCEMG), em Belo Horizonte (MG). Essa é a segunda edição do evento, que antes passou por Salvador, nos dias 14 e 15 de fevereiro, e tratou da produção de conhecimento antirracista na internet.
Mediador da mesa ‘Ameaças e potencialidades na Internet para a Democracia, Direitos Humanos e o Enfrentamento ao Racismo’, Luiz Barros esteve ao lado da ministra dos Direitos Humanos e Cidadania, Macaé Evaristo; do representante do TCEMG, Otávio Igor Guimarães; e dos representantes do Movimento Negro Unificado, José Carlos; do Movimento Nacional de Direitos Humanos do Brasil, Lucas Teles; e do Centro Palmares Danilo Moura.
“A utilização de práticas colaborativas de conhecimento pode ser uma contranarrativa ao algoritmo que já está posto. Nesse processo, contribuímos para que o algoritmo não apenas nos represente, mas nos reconheça e reflita as práticas da comunidade negra, que é diversa e sub-representada pelo algoritmo”, afirmou o chefe de gabinete Luiz.
Por meio de uma parceria do Movimento Nacional de Direitos Humanos em Minas Gerais e o Movimento Negro Unificado, a segunda edição do Seminário foi realizada pelo Centro Palmares. O evento contou com os painéis ‘Epistemicídio cultural vs. Conhecimento colaborativo’ e ‘Ações da Afropédia no contexto de Minas Gerais’.
“O envolvimento do MIR em iniciativas como o Afropédia reafirma nosso compromisso com uma agenda pública que valorize a produção de conhecimento negro, combata o racismo estrutural e enfrente a invisibilização histórica das contribuições da população negra na sociedade brasileira”, colocou Luiz Barros. “A Internet, embora espaço de disputas, pode e deve ser transformada em território de afirmação da diversidade, da autoria negra e da democracia”, acrescentou.
Para o chefe de gabinete, projetos como o Afropédia demonstram, na prática, o potencial emancipador da informação. “Eles fortalecem o letramento racial-digital, ampliam o acesso ao conhecimento e geram pertencimento. Ao apoiar essas ações, o MIR reafirma que não pode haver desenvolvimento econômico, social ou tecnológico sem igualdade racial”, disse.
A ministra Macaé Evaristo parabenizou, em sua fala, a ministra Anielle Franco “por ter um olhar sensível à temática e apoiar um projeto como esse que contribui para o letramento racial digital.”
Seminários – Estratégia de fortalecimento das representatividades da cultura negra e de combate ao racismo por meio da produção de conteúdos qualificados para a Wikipédia, os encontros do seminário reúnem entidades representativas do movimento negro, organizações da sociedade civil e representantes governamentais.
O projeto surgiu como uma resposta à lacuna de fontes nacionais e periféricas nas referências da Wikipédia em português. Ele propõe a criação de artigos sobre lugares, biografias, organizações e celebrações afrodescendentes escritos por representantes de movimentos sociais e pesquisadores.
Projeto Afropédia – A partir do apoio e do financiamento do Ministério da Igualdade Racial (MIR), por meio de edital firmado em parceria com a Universidade Federal Fluminense, o projeto Afropédia desenvolve a qualificação de pesquisas e conteúdos sobre a história das populações negras na internet.