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Mãe Olga de Alaketu recebe título de Promotora da Igualdade Racial
Foto: Mariana Maiara/Ginga UFF
A Ialorixá Mãe Olga de Alaketu recebeu, neste sábado (8), o título honorífico de Promotora da Igualdade Racial. A entrega da placa de homenagem integrou a programação do "Seminário Centenário Iyá Agba Olga de Alaketu – Ialodê da Contemporaneidade em sua Matripotência", no Terreiro do Alaketu, em Salvador (BA).
Organizado pelos Ministérios da Igualdade Racial (MIR), da Cultura (MinC) e dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), o seminário em que a distinção oferecida pelo MIR foi entregue contou com a presença da secretária-executiva Rachel Barros, que representou o Ministério.
“Esse título é um reconhecimento à resistência das mulheres negras. Terreiros são espaço de afeto e acolhimento e mãe Olga representa, com essas características, a força de preservação que garante a dignidade da população negra”, disse a secretária Rachel, em sua fala de abertura.
A coordenadora-geral de Políticas para Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiros e de Matriz Africana, Eloá Moraes, integrou a programação do seminário, ao lado e autoridades acadêmicas e religiosas. “As políticas voltadas para Povos e Comunidades Tradicionais de Terreiro e de Matriz Africana, instituídas pelo Decreto nº 12.278/2024, reafirmam o compromisso do Estado brasileiro com a valorização da religiosidade, da resistência e do patrimônio vivo – material e imaterial – desses povos", defendeu a coordenadora-geral. "O prêmio honorífico concedido a Mãe Olga de Alaketu é um reconhecimento à sua importância na preservação dos modos de vida tradicionais e no fortalecimento das identidades de terreiro. Ao dar visibilidade ao legado de uma mulher negra de terreiro, o prêmio também se alinha à agenda de gênero e igualdade racial que orienta nossas políticas”, acrescentou.
Mãe Olga é a terceira pessoa a receber o título honorífico de Promotora da Igualdade Racial.
Mãe Olga de Alaketu – Nascida Olga Francisca Régis, foi iniciada para Iansã aos 16 anos e tornou-se Yalorixá em 1948, quando assumiu a liderança de um dos terreiros de candomblé mais antigos do Brasil, o Ilê Maroiá Láji, o Alaketu. O espaço foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
Reconhecida por eu papel na preservação e promoção da cultura afro-brasileira, ele recebeu a Ordem do Mérito Cultural em 1997. Mãe Olga foi uma figura central no diálogo entre a religião afro-brasileira e a sociedade ampla.