Notícias
Macapá é a primeira capital da região Norte a aderir ao PJNV
Foto: Jesiel Braga
Macapá, capital do Amapá, foi a primeira cidade da região Norte a aderir o Plano Juventude Negra Viva (PJNV). A assinatura do termo de adesão ao programa voltado para ampliar as oportunidades e diminuir os índices de violência que atingem, de forma desproporcional, jovens negros de 15 a 29 anos no Brasil foi nesta quinta-feira (22) durante o evento "IV Semana Amapá África Amazônica 2025".
O secretário de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo, Tiago Santana, destacou a importância da adesão de um estado da região Norte ao PJNV. “O que Macapá fez hoje vai ao encontro das políticas desenvolvidas pelo Ministério da Igualdade Racial [MIR]. A ministra Anielle Franco tem atuado, ao longo desses anos, para encurtar as desigualdades e combater o racismo no nosso país”, disse.
“Macapá sai na frente em uma grande articulação para organizar a região do Norte do Brasil nessa grande agenda que é o PJNV. É por esse plano que buscamos dar oportunidade, vez e vida para nossa juventude negra. O Plano dá a vida da juventude, mas também pensa no futuro dela com uma série de ações e políticas públicas”, acrescentou o secretário Tiago Santana.
O coordenador de Políticas Transversais da Diretoria de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Jean Tiemoko, representou o Ministério no evento de assinatura do termo de adesão. Ele reiterou que a adesão do município de Macapá ao Plano corresponde a uma demanda estratégica, dando início a um projeto prioritário elencado pelo Comitê Gestor do PJNV.
“Além de ser um dos municípios integrantes do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), Macapá está entre os mais vulneráveis do país. A adesão ao PJNV representa um grande avanço na priorização de políticas para a juventude negra no município, cuja população é majoritariamente negra”, lembrou o coordenador.
Estrutura do Plano – O PJNV tem 11 eixos de atuação e conta com 217 ações pactuadas entre 18 ministérios. Anunciado com investimento de mais de R$665 milhões, o Plano oferece a possibilidade de adesão aos estados e municípios, que são os responsáveis por oferecer o serviço na ponta, qualificando medidas concretas que beneficiem o público.
O Plano busca a redução das vulnerabilidades que afetam a juventude negra brasileira e a violência letal alicerçada no racismo sistêmico. Ele foi construído com a escuta de aproximadamente 6 mil jovens negros durante a realização das Caravanas Participativas, que percorreram os 26 estados e o Distrito Federal.