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Anielle Franco e Janja da Silva fortalecem diálogo com comunidades do Complexo da Maré
Foto: Claudio Kbene
Cultura, urbanismo, potências periféricas e meio ambiente, foram temas das agendas que a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco e a primeira dama Janja da Silva cumpriram nessa sexta-feira (8), no Rio de Janeiro.
A missão oficial no Complexo da Maré incluiu uma série de diálogos com a sociedade civil, que abordaram temas ligados à cultura e à COP 30.
Para reiterar o compromisso do Governo Federal com o fomento à cultura no Brasil, a comitiva participou de uma roda de conversa organizada pelo Observatório de Favelas. O evento reuniu mobilizadores comunitários, artistas e líderes de instituições e coletivos culturais do Complexo da Maré.
Também compuseram a mesa: o secretário de Cultura do Rio de Janeiro, Lucas Padilha; a secretária de Comitês de Cultura do Ministério da Cultura (MinC), Roberta Martins; o secretário-executivo do MinC, Márcio Tavares — que representou a ministra da pasta, Margareth Menezes —; e o presidente da Agência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo (Embratur), Marcelo Freixo.
Nascida e criada no Complexo da Maré, para a ministra Anielle Franco, revisitar seu local de origem significa fortalecer diálogo com seus iguais. “Estar na Maré é sempre especial. É potente trocar com as pessoas que constroem as favelas. Elas abrem espaço para refletirmos sobre as potências artísticas e intelectuais impulsionadas pela consciência crítica construída a partir do território”.
Anielle Franco e Janja da Silva também conversaram com crianças e adolescentes sobre a Conferência das Nações Unidas Sobre as Mudanças Climáticas (COP30) na perspectiva racial. Promovido pelo Instituto Cria dos Tijolinho, o evento estimulou um diálogo horizontal, fortalecendo a participação de moradores de comunidades do Complexo da Maré em discussões relacionadas às mudanças climáticas e ao racismo ambiental.
Além disso, as autoridades visitaram a Exposição Ocupação Milton Santos, que reuniu práticas comunitárias, intelectuais e artísticas no Galpão Bela Maré para homenagear o legado deixado pelo renomado geógrafo Milton Santos. Trata-se de um projeto apresentado pelo Ministério da Cultura (MinC) e Observatório de Favelas, por meio da Lei de Incentivo à Cultura.
“Ter um espaço cultural voltado à democratização e difusão das múltiplas expressões artísticas dentro da favela é um ato de resistência. Inserir arte na vida de pessoas de comunidades do Complexo da Maré que, em sua maioria, não têm acesso à cultura e ao lazer, é crucial para mitigar as injustiças causadas pelo racismo", disse a ministra Anielle Franco.