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1º Seminário Internacional de Educação Quilombola recebe apoio do MIR, em Recife
Foto: Lucas Souza/MIR
Realizado em parceria com a Secretaria Nacional de Políticas para Quilombolas, Povos e Comunidades Tradicionais de Matriz Africana, Povos de Terreiros e Ciganos (SQPT) do Ministério da Igualdade Racial (MIR), acontece, entre os dias 21 e 24 de outubro, o 1º Seminário Internacional de Educação Quilombola e suas Confluências, no Sindsprev, em Recife (PE).
Representando o MIR, o secretário da SQPT, Ronaldo dos Santos, participou de dois dias de evento, e destacou a relevância da integração entre educação e território como pilares da política de igualdade racial.
“A educação quilombola não pode estar dissociada do território. É nele que se perpetuam os saberes, a ancestralidade e o pertencimento. Defender o direito à educação é também garantir o direito ao território, e o Plano Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ) é uma ferramenta essencial nessa luta por autonomia e reconhecimento”, afirmou Ronaldo dos Santos.
Com a missão de discutir caminhos para o fortalecimento da educação escolar quilombola e suas inter-relações com as políticas de território, identidade e cultura, o evento contou com as presenças da diretora Clélia Santos, da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação (MEC); dos representantes da Unesco, Wagner Santana; da Universidade de Pernambuco/UPE, Mônica Pinto; do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), Társia Regina da Silva; além de lideranças da sociedade civil, representantes de órgãos federais, estaduais e municipais, universidades e organismos internacionais.
Já no segundo dia, o secretário Ronaldo dos Santos participou da roda de diálogo “O direito à educação escolar quilombola e o direito ao território”, que abordou os desafios enfrentados pelas comunidades na garantia simultânea da educação diferenciada e da titulação de seus territórios.
Ao final de sua visita no estado, o secretário fez uma escuta ativa das demandas da comunidade quilombola da Ilha das Mercês, onde apresentou o Plano Nacional de Gestão Territorial e Ambiental Quilombola (PNGTAQ) e reafirmou o compromisso do MIR em acompanhar e apoiar essas localidades por reconhecimento e garantia de direitos.
“O MIR está atento e disponível para oferecer suporte às comunidades quilombolas, fortalecendo o diálogo e a construção conjunta de soluções que respeitem seus territórios e modos de vida”, afirmou o secretário.
Participaram dessa agenda o prefeito Carlos Santana; a vice-prefeita Marinalva dos Santos; o subsecretário de Habitação, João Paulo; representantes da Coordenação de Sustentabilidade do Porto de Suape, Bernadete Lopes da Silva e Carlos André.
Educação quilombola como patrimônio – A diretora Clélia Santos ressaltou o compromisso do Governo do Brasil em assegurar que as políticas educacionais contemplem a realidade e os direitos das comunidades quilombolas.
“Defender a educação quilombola, é reconhecer o direito de um povo à sua história e à sua forma de aprender. Isso passa também pela defesa dos territórios quilombolas e pela titulação das terras, sem as quais a política educacional não se sustenta de maneira justa e duradoura”, destacou.