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Servidoras do ICMBio representam o Brasil na COP15 da Convenção de Ramsar e contribuem com ciência e gestão para conservação de áreas úmidas
Gabrielle Soeiro, coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/ICMBio) e Suelma Ribeiro Silva, analista ambiental - Foto: Acervo
A 15ª Conferência das Partes da Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas (COP15) está sendo realizada em Victoria Falls, Zimbábue, reunindo delegações de mais de 170 países para discutir estratégias globais para a conservação e o uso sustentável das áreas úmidas – ecossistemas essenciais para a biodiversidade, a segurança hídrica, a regulação climática e os modos de vida de comunidades tradicionais.
O Brasil está representado por uma delegação oficial composta por seis integrantes, entre os quais duas servidoras do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio): Suelma Ribeiro Silva, analista ambiental, membro do Painel Técnico-Científico da Convenção de Ramsar (STRP) para o período 2023–2025 e representante titular do ICMBio no Comitê Nacional de Zonas Úmidas (CNZU); e Gabrielle Soeiro, coordenadora do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Sociobiodiversidade Associada a Povos e Comunidades Tradicionais (CNPT/ICMBio) e representante suplente do ICMBio no CNZU.
Durante a COP15, Suelma participa de uma sessão técnica ao lado de outros membros do STRP, onde apresentará os principais produtos elaborados pelo Painel no atual ciclo de trabalho (2023–2025). Ela será responsável por apresentar os avanços no tema das pequenas áreas úmidas (small wetlands), assunto que liderou no âmbito do STRP em colaboração com especialistas de diversos países. O tema busca ampliar o reconhecimento e a conservação de ecossistemas úmidos de menor extensão, muitas vezes negligenciados em políticas públicas e inventários nacionais, mas de enorme importância ecológica e sociocultural.
Entre os temas abordados na sessão técnica estão:
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Mudanças climáticas e áreas úmidas;
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Conservação baseada em áreas (incluindo Sítios Ramsar e OECMs);
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Integração das zonas úmidas ao Marco Global da Biodiversidade;
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Valorização de pequenas áreas úmidas (small wetlands);
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E soluções baseadas na natureza para o manejo e a restauração desses ecossistemas.
Gabrielle, por sua vez, representa o ICMBio nas agendas de fortalecimento da governança e gestão de áreas úmidas, com ênfase no Sítio Ramsar nº 2337 – “Estuário do Amazonas e seus Manguezais”, cuja implementação é liderada pelo ICMBio por meio do CNPT. A servidora participa das discussões sobre o papel dos povos e comunidades tradicionais na conservação desses ecossistemas, destacando a abordagem brasileira de integração entre conhecimento tradicional, pesquisa científica e políticas públicas.
A coordenadora do CNPT também leva à COP15 materiais de divulgação sobre os manguezais brasileiros, ressaltando sua relevância ecológica, sociocultural e econômica, além dos esforços empreendidos pelo ICMBio na sua proteção e no fortalecimento de estratégias territoriais participativas, com destaque para o Plano de Ação Nacional para a Conservação do Ecossistema Manguezal (PAN Manguezal) e a estruturação do Comitê Gestor do Sítio Ramsar do Estuário do Amazonas.
A presença de Suelma e Gabrielle na COP15 reforça o compromisso do Brasil com a implementação da Convenção de Ramsar, da qual é signatário desde 1993, e evidencia o papel estratégico do Instituto Chico Mendes na conservação das áreas úmidas brasileiras – incluindo os campos limpos alagáveis do Cerrado, os manguezais, o Pantanal e as extensas áreas úmidas da Amazônia.
Mais informações:
Sítios Ramsar brasileiros
COP 15 – Convenção de Ramsar:
Objetivos de Desenvolvimento Sustentável relacionados:

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