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Instituto Chico Mendes lança plano para conciliar mineração e preservação ambiental
O Instituto Chico Mendes lançou, durante o 19th International Congress of Speleology, realizado em julho de 2025 em Belo Horizonte, o Plano de Redução de Impactos de Mineração sobre a Biodiversidade e o Patrimônio Espeleológico (PRIM Mineração). O documento é o quarto da série PRIM e foi desenvolvido pela Coordenação de Análises Geoespaciais para Conservação de Espécies (COESP/CGON/DIBIO) em parceira com o Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (CECAV), com apoio do projeto Pró-Espécies.
O objetivo é apresentar alternativas para compatibilizar a conservação da biodiversidade e do patrimônio espeleológico com o desenvolvimento da mineração, atividade que representa entre 2,5% e 5% do PIB nacional e responde por cerca de 20% das exportações brasileiras. Com expectativa de expansão nos próximos anos, especialmente na Amazônia, o setor é considerado estratégico para a economia, mas também um vetor de ameaças ambientais.
O plano estabelece diretrizes para prevenir, mitigar e compensar danos causados pela mineração, com base em informações técnicas atualizadas e produzidas de forma participativa por especialistas de diferentes instituições. Entre os alvos de conservação estão fauna, flora, ambientes singulares e serviços ecossistêmicos. No levantamento, foram identificadas 690 espécies da fauna e 1.205 espécies da flora sensíveis aos impactos crônicos da atividade.
Um dos destaques do PRIM Mineração é a abordagem inédita sobre a vulnerabilidade da biodiversidade e da geodiversidade em casos de emergências ambientais, como o rompimento de barragens de rejeitos. O documento traz mapas de sensibilidade e vulnerabilidade, apontando regiões e componentes mais suscetíveis a danos severos, o que pode subsidiar ações preventivas, respostas emergenciais e estratégias de recuperação.
O conteúdo completo do plano está disponível na página oficial do PRIM Mineração.
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