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Centro TAMAR/ICMBio em Guriri celebra Dia das Crianças
Equipe da Base Avançada do Centro TAMAR/ICMBio em Guriri, São Mateus-ES, celebrou no sábado (11) o Dia das Crianças, com abertura da Base para visitação, das 8:30 às 11:30 horas. Ao todos compareceram 96 visitantes, que participaram de diversas atividades promovidas, com sorteio de brindes, distribuição de balas e bombons. Por meio de um sorteio, 20 crianças foram presenteadas com brindes diversos, graças às parcerias da Base com comerciantes e lojistas do balneário de Guriri.
Dentre os visitantes, a Base recebeu, ainda, um grupo de quinze crianças do ‘Clube Aventureiros Amiguinhos da Natureza’. O grupo de voluntários e a equipe da Base promoveram a visita ao Museu da Biodiversidade Marinha da Base do Centro Tamar de Guriri e a caminhada pela Trilha do Sagui, que fica na restinga marinha próxima à Base.
O diferencial nesse atendimento ao público visitante foi a realização da atividade Minibiblioteca Ambiental - espaço criado pela Base no qual foram disponibilizados livros infanto-juvenis para leitura da criançada e público adulto.
“A gente disponibilizou livros para as crianças lerem, que se sentaram no chão e se envolveram muito com a leitura. Estamos introduzindo essa biblioteca por meio da contação de histórias, a começar pela obra do autor Ângelo Machado, “Que bicho será que a cobra comeu?”, usando fantoches. Depois a gente fez uma brincadeira, a partir de um jogo da velha gigante, com os personagens dessa história”, explica Kelly. Outro livro que entrou na roda foi “A árvore generosa”, de Shel Silverstein e Fernando Sabino, e o livro “A viagem de Itajara”, do Projeto Meros do Brasil.
Depois as crianças ficaram livres para pegarem os livros, folhearem e lerem - um diferencial nesse evento, porque foi a primeira vez que a Base garantiu esse acesso à Minibiblioteca Ambiental. “Foi gratificante ver as crianças nesse espaço, lendo os livrinhos, assim como seus pais e responsáveis juntos nesse momento precioso de imersão e uso da imaginação”, frisa Kelly Bonach, analista ambiental e chefe da Base.
Em outros eventos, a Base já fez uso de contações de histórias variadas, mas nunca tinha disponibilizado uma minibiblioteca para que as crianças pudessem usufruir dos livros. “Foi a primeira vez que a gente fez isso e deu super certo. A gente viu pais com crianças lendo, viu crianças sozinhas lendo, fizemos rodinhas de leitura porque alguns livros tinham mais cópias e podia-se ler coletivamente, como por exemplo, o livro sobre o mero, chamado “A viagem de Itajara”, explicou a gestora da Base.
Foi oferecida, ainda, a brincadeira da Pescaria de limpeza do mar, na qual as crianças, em cima de uma lona azul que representa o mar, tinham que pescar os diversos resíduos sólidos espalhados em meio a animais marinhos de pelúcia, utilizando varinhas de bambu, colocando-os em lixeiras apropriadas.
Outra novidade apresentada à criançada foi experimentar a abertura lúdica de um ninho de tartaruga marinha. A criança deveria encontrar a câmara de ovos e procurar pelos ovos e filhotes que ficaram retidos no ninho. O ninho artificial foi produzido na areia próxima à área onde a equipe do Centro TAMAR normalmente fala sobre os ninhos e filhotes, quando ocorre a visitação.
A brincadeira consiste na criança ir entendendo, a partir da fala do monitor, sobre atividade de monitoramento dos ninhos das tartarugas marinhas que ocorrem nas praias brasileiras, promovido por instituições de conservação. “Explicamos como o monitor descobre que os filhotes nasceram, a partir do reconhecimento dos rastros dos filhotes, da contagem das cascas dos ovos, ovos inviáveis, natimortos e filhotes que ficaram retidos ninho”.
Para isso a equipe da Base do Centro TAMAR de Guriri teve que utilizar criativamente ovinhos de isopor claros e escuros, uma réplica de filhote de tartaruga marinha, areia e pedaços pequenos de vários tipos de plásticos.
As crianças tiveram que encontrar a localização da câmara de ovos e depois cavaram a areia e acessaram ovos e filhotes. E à medida que elas iam retirando a areia, foram descobrindo fragmentos plásticos misturados no ninho e refletiram em grupo sobre o lixo e seus impactos sobre a fauna marinha. “No fundo do ninho, eles encontram uma pequena réplica de filhote enrolada numa sacola plástica e aí refletem sobre como o lixo que a humanidade gera todos os dias pode impactar os animais marinhos, em um rico trabalho interpretativo”, celebra Kelly.
Comunicação Centro TAMAR/ICMBio

