Avaliação de Espécies Ameaçadas
A divulgação das Listas Nacionais Oficiais de Espécies Ameaçadas de Extinção é um dos principais mecanismos de conservação da biodiversidade no Brasil. Essas listas são disponibilizadas por meio do Sistema de Avaliação do Risco de Extinção da Biodiversidade (SALVE), desenvolvido para facilitar a gestão do processo de avaliação do risco de extinção, coordenado e executado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Por meio da plataforma do SALVE, o público tem acesso a dados e informações relevantes sobre a avaliação das espécies e os atores envolvidos no processo. O sistema, operado por servidores do ICMBio, desempenha um papel crucial no controle, monitoramento e execução das diversas etapas do processo, desde a coleta de dados até a análise do risco de extinção e a divulgação dos resultados. Esse processo segue o método e os critérios da União Internacional para Conservação da Natureza (UICN), que classifica as espécies em categorias de risco com base em dados populacionais, distribuição geográfica e ameaças identificadas.
Atualmente, o processo de avaliação não ocorre mais em ciclos fixos, como anteriormente, mas sim sob demanda, permitindo maior flexibilidade e agilidade na resposta às necessidades de conservação. A avaliação de 2024, por exemplo, foi realizada sem a estrutura de ciclos pré-definidos.
Anteriormente, o processo era cíclico, com reavaliações a cada cinco anos. O primeiro ciclo de avaliação do estado de conservação de mamíferos aquáticos (2010-2014), conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA/ICMBio), avaliou 54 espécies. No segundo ciclo (2016-2020), 59 espécies foram avaliadas durante a Oficina de Avaliação do Estado de Conservação de Mamíferos Aquáticos, Segundo Ciclo (2016-2020), realizada em maio de 2018.

