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PAN Cavernas do Brasil realiza terceira oficina de monitoria e avaliação intermediária
Participantes da terceira oficina de monitoria e avaliação intermediária do PAN Cavernas do Brasil - Foto: ICMBio/Cecav
Entre os dias 21 e 23 de outubro, a equipe que compõe o Grupo de Assessoramento Técnico (GAT) do Plano de Ação Nacional para Conservação do Patrimônio Espeleológico Brasileiro (PAN Cavernas do Brasil) realizou a terceira oficina de monitoria e avaliação intermediária e definição das linhas temáticas das ações do plano. A reunião foi realizada em Pernambuco (PE), na região onde foram registradas as primeiras cavernas marinhas do país, cujos dados estão inseridos no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (CANIE). Aprovado em 2022, o PAN Cavernas do Brasil tem duração de cinco anos e atualmente conta com 56% das ações em andamento no período previsto e 16% concluídas.
No primeiro dia do encontro foi realizada a Espeleoação, momento em que professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e articulador de algumas ações do PAN, Enrico Bernard, apresentou alguns dos resultados construídos em parceria com a Bat Conservation Internacional. O professor mostrou os resultados do trabalho em torno da primeira instalação de um bat gate no Brasil, além de apresentar informações sobre as primeiras bat caves do Cerrado.

- Espeleoação, com o professor da Universidade Federal de Lavras (UFLA), Enrico Bernard - Foto: ICMBio/Cecav
Ainda durante a Espeleoação, foram apresentados os resultados das estratégias de comunicação que têm elevado a presença do PAN Cavernas do Brasil e do patrimônio espeleológico na mídia. As notícias relacionadas às ações desse trabalho estiveram presentes em diversos veículos nacionais de grande relevância, o que tem permitido aumentar a divulgação do patrimônio espeleológico para a população geral, bem como a conscientização sobre sua proteção e conservação.
O analista ambiental Eduardo Araújo, do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave), localizado em Cabedelo (PB), compartilhou as experiências da instituição com Planos de Ação Nacionais e conduziu a oficina e as discussões em torno das classificações das linhas temáticas do PAN Cavernas do Brasil. Na ocasião, também foram discutidas com o grupo o andamento de cada uma das 43 ações, visando verificar e aprimorar o planejamento do PAN.
Ao final da monitoria, uma ação foi excluída e duas ações foram incluídas. Uma delas irá compilar e divulgar informações sobres os riscos para exploração de cavernas, visando proteger a vida dos espeleólogos e a integridade do patrimônio espeleológico. Será elaborado um relatório técnico e os dados serão inseridos no CANIE. A Coordenação de Planejamento de Ações para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (Copan) também esteve presente durante a oficina. A supervisora Ana Martins conduziu uma apresentação e debate sobre os critérios para elaboração das áreas estratégicas do PAN Cavernas do Brasil.

- Espeloação com os resultados da comunicação apresentados pela assessora de comunicação do ICMBio/Cecav, Lorene Lima - Foto: ICMBio/Cecav
“Essa terceira monitoria mostrou que 72% das ações do PAN estão em andamento no período previsto ou foram concluídas, mostrando o engajamento dos articuladores e colaboradores na execução das ações. Esse encontro é uma iniciativa importante para avaliarmos os resultados, medirmos os esforços empregados em cada uma das ações e propor novas formas de trabalho que poderão ajudar todos a cumprirem as metas estabelecidas”, afirmou o analista ambiental do ICMBio/Cecav e coordenador do PAN Cavernas do Brasil, Maurício Andrade.
Ainda de acordo com Maurício, durante a avaliação intermediária, foi aferido o alcance das metas intermediárias e analisado se os resultados gerados conduzem ao alcance dos objetivos específicos. Assim, a avaliação tem a premissa de verificar a eficiência do planejamento e o propósito de verificar se o conjunto de ações planejadas são ou foram capazes de promover as mudanças projetadas na realidade. O GAT concluiu que o PAN Cavernas do Brasil conseguiu muitos avanços no sentido de prevenir, reduzir e mitigar os impactos e danos antrópicos sobre o patrimônio espeleológico brasileiro, espécies e ambientes associados.
Sobre o PAN Cavernas do Brasil
O PAN Cavernas do Brasil possui 44 ações, que são distribuídas em quatro objetivos específicos, visando cumprir o objetivo geral: prevenir, reduzir e mitigar os impactos e danos antrópicos sobre o patrimônio espeleológico brasileiro, espécies e ambientes associados, em cinco anos. Além disso, contempla 168 táxons nacionalmente ameaçados de extinção, estabelecendo seu objetivo geral, objetivos específicos, prazo de execução, formas de implementação, supervisão e revisão.
