Notícias
LEILÃO
Cafeicultores e transportadores já comemoram as melhorias que as rodovias paranaenses irão receber com o leilão do Lote 4
Na mesa das famílias pela manhã ou na padaria, o café quentinho é o combustível preferido dos brasileiros para começar o dia. O país é o principal produtor e o segundo maior consumidor no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos.
E boa parte dos grãos que abastecem o mundo vem do Paraná, das mãos de agricultores como Orlando Brame.
“É onde a gente trabalha, luta e tira alguma coisa para sobreviver e para comprar para a vida. É empresa, tem que fazer a manutenção e entender a entrada e a saída dos produtos”, afirmou Orlando Brame.
Orlando vê na concessão da BR-376/PR, conhecida como Rodovia do Café e por onde seus grãos são transportados, uma chance de aumentar seus lucros.
“A rodovia, quando está sem pedágio, a gente não paga, mas o gasto acaba indo para o carro, tem os desgastes. Sem dúvida, se não tiver rodovia, não há progresso. É a realidade, tanto para nós que vivemos no sítio quanto para quem vive na cidade”, completou o cafeicultor.
A partir do leilão promovido pelo Governo Federal nesta quinta-feira (23), além da BR-376 - a Rodovia do Café - serão administradas pela iniciativa privada as BRs 272 e 369 e as PRs 182, 272, 317, 323, 444, 862, 897 e 986.
As estradas fazem parte do Lote 4 das Rodovias Integradas do Paraná. O trecho a ser concedido contempla um total de 627 quilômetros e receberá um investimento de R$18,17 bilhões, que tornará possível a ampliação da capacidade de trechos logísticos fundamentais para o escoamento dos insumos das fazendas de café para comercialização.
Sabor sem fronteiras
A cultura cafeeira está presente no Brasil desde 1727 e hoje é um dos principais motores da economia nacional. Somente em 2024, as exportações do insumo para os Estados Unidos, por exemplo, somaram 7,6 milhões de sacas.
O crescimento do setor depende diretamente da qualidade da infraestrutura rodoviária brasileira, já que 85% dos grãos do país são transportados pelo modal.
“A maioria do café que o Paraná produz é exportado, vai para a Alemanha, Canadá, o mundo todo. Se melhorar o transporte, melhora a facilidade de acesso e a rapidez para o produto chegar até o porto e, consequentemente, ao destino final”, explicou o técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná), Marco Sanchez.
Dignidade na estrada
Uma estrada em boas condições melhora os negócios dos produtores e também a rotina de quem carrega a mercadoria.
“Para um produto chegar ao mercado, ele vem de caminhão. Para chegar lá, tem o custo de pedágio, combustível e manutenção do veículo”, contou o caminhoneiro Luciano Daros.
Entre as principais queixas dos motoristas que percorrem diariamente os mais de 627 quilômetros das estradas do Lote 4 estão a presença de buracos, ondulações no asfalto, falta de sinalização e mais Pontos de Parada e Descanso (PPDs). Reclamações que devem ter fim com o leilão desta quinta-feira, que prevê inúmeras melhorias - inclusive 2 novos PPDs.
“Ter um lugar adequado para parar é melhor para todo mundo. Banho quente e, principalmente, a segurança de não ter que parar perto da rodovia”, finalizou o motorista Ademir Ribeiro.
Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes
