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Sudene destaca convergência entre economia de impacto e políticas de desenvolvimento sustentável no Nordeste
Superintendente Francisco Alexandre falou sobre políticas econômicas que buscam produzir sem agredir o meio ambiente e envolvem os pequenos negócios. Foto. Elvis Aleluia/ Sudene
Recife (PE) – A Sudene reforçou, nesta quinta-feira (16), o compromisso com o fortalecimento de iniciativas econômicas sustentáveis ao participar da reunião técnica do Sistema Nacional de Economia de Impacto (Simpacto), realizada na sede do Sebrae Pernambuco. O encontro, promovido pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), reuniu representantes de governos estaduais e instituições de fomento para discutir estratégias voltadas à integração da economia de impacto às políticas de desenvolvimento regional.
A Autarquia foi representada por membros das coordenações-gerais de Desenvolvimento Sustentável e de Estudos e Pesquisas, além do superintendente Francisco Alexandre, que destacou a convergência entre o tema e as diretrizes institucionais da Sudene. “É importante este tema ser assimilado por todas as instâncias envolvendo governo, empresas e sociedade. Vejo que o conjunto de medidas com base na economia de impacto converge com a atuação da Sudene, na medida em que também desenvolvemos políticas econômicas que buscam produzir sem agredir o meio ambiente e, ao mesmo tempo, envolvem especialmente os pequenos negócios nesta agenda”, afirmou o dirigente.
Formalizado pelo MDIC em junho de 2024, o Simpacto busca articular ações em diferentes níveis federativos para impulsionar empreendimentos que aliam resultados econômicos a impactos sociais e ambientais positivos. Para integrar o sistema, estados e municípios precisam dispor de legislação específica, comitê de economia de impacto e grupos de articulação locais atuantes. Atualmente, fazem parte da rede os estados de Alagoas, Ceará, Rio Grande do Norte e Espírito Santo. Durante a reunião, os estados participantes apresentaram experiências e políticas locais voltadas à economia de impacto, com destaque para avanços normativos, parcerias institucionais e iniciativas de base comunitária.
A diretora do Departamento de Novas Economias do MDIC, Sissi Alves, ressaltou o caráter transversal da iniciativa. “As estratégias baseadas na economia de impacto vão além do desenvolvimento econômico. Elas consideram os aspectos ambientais e sociais que tornam essa prática sustentável, gerando, de fato, ações transformadoras no território”.
Para o superintendente do Sebrae Pernambuco, Murilo Guerra, o fortalecimento dessa agenda depende da integração entre inovação e inclusão. “Não há crescimento econômico sem empreendedorismo, inovação e, principalmente, inclusão social. Por isso, é essencial investir em estratégias que promovam impacto real nos territórios”, complementou.
O coordenador-geral de Estudos e Pesquisas da Sudene, José Farias, observou que a participação da Autarquia reforça a necessidade de adaptar instrumentos financeiros e linhas de crédito às especificidades da economia de impacto. Segundo ele, atividades típicas do Semiárido, como as relacionadas à Caatinga, têm grande potencial nesse campo, por aliarem geração de renda, conservação ambiental e valorização da cultura local.
Parceira do MDIC na estruturação do Simpacto, a Sudene colabora com a articulação de planos e instrumentos que conectem a estratégia nacional de economia de impacto às políticas de desenvolvimento regional já em curso. A expectativa é ampliar a adesão de estados do Nordeste nos próximos meses.
Por Agnelo Câmara