Perguntas Frequentes (FAQ)
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Informações Gerais
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O que é a febre amarela?
A febre amarela é uma doença febril aguda, que apresenta evolução rápida e pode causar sintomas graves e levar à morte. A doença é causada por um vírus transmitido pela picada de mosquitos silvestres. A importância da doença se deve à gravidade dos casos, ao elevado número de mortes entre os casos graves, ao potencial de espalhamento da doença e do impacto à saúde pública, sobretudo se houver transmissão em área urbana, pelo mosquito Aedes aegypti (sem registro desde 1942).
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Existe um período do ano em que a febre amarela é mais comum?
A febre amarela é uma doença sazonal, ou seja, a maior parte dos casos acontece entre os meses de dezembro e maio. Os surtos ocorrem com periodicidade irregular, quando o vírus encontra condições favoráveis para a sua transmissão (elevadas temperaturas e chuvas; grande número de mosquitos, de humanos e primatas não humanos (macacos) suscetíveis à infecção; presença de pessoas não vacinadas; baixas coberturas vacinais dentre outras). O padrão de circulação do vírus no Brasil está relacionado com a circulação silvestre, na qual os macacos adoecem pela infecção com o vírus, e os mosquitos silvestres atuam como transmissores e dispersores do vírus na natureza.
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A febre amarela pode ser transmitida de pessoa para pessoa?
Não. A doença é de transmissão vetorial, e afeta tanto os humanos quanto os primatas não humanos (macacos). O vírus é transmitido em um ciclo silvestre, no qual os transmissores são mosquitos dos gêneros Haemagogus e Sabethes, que vivem em áreas de mata, e os hospedeiros principais são os macacos. O vírus da febre amarela também pode circular em um ciclo urbano, no qual a transmissão ocorre a partir de mosquitos urbanos (Aedes aegypti) infectados, e o homem é o hospedeiro principal, servindo de fonte de infecção para os mosquitos. No entanto, essa forma de transmissão não ocorre no Brasil desde 1942.
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Qual a relação entre macacos e a febre amarela? Eles transmitem a doença?
Os macacos não transmitem a febre amarela. A transmissão ocorre através da picada de mosquitos infectados. Os macacos são vítimas da doença e atuam como sentinelas, indicando a presença do vírus em uma determinada área e possibilitando a aplicação de medidas preventivas para as populações humanas que residem ou se deslocam para essas localidades.
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Animais domésticos transmitem febre amarela?
Não existe registro de animais domésticos infectados com o vírus da febre amarela. Contudo, é importante ressaltar que a transmissão só ocorre pela picada de mosquitos infectados.
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A febre amarela tem cura?
Sim, a maioria das pessoas que tem febre amarela curam-se completamente da doença. No entanto isso depende do nível de gravidade de cada caso. Nos indivíduos assintomáticos (i.e., infectados que não apresentam sintomas) e nos casos leves, que representam a maioria das infecções pelo vírus (50% a 75%), os sinais e sintomas duram entre dois e quatro dias e, geralmente, são aliviados com tratamento sintomático e remédios para controlar a febre e a dor.
Em casos graves, pode ser necessário tratamento intensivo em ambiente hospitalar. Esses casos representam aproximadamente 15% a 30% dos casos, para os quais a evolução ao óbito pode ocorrer em 20% a 50% dos pacientes.
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Existe tratamento específico para febre amarela?
O tratamento para a febre amarela é apenas sintomático, exigindo cuidadosa assistência ao paciente, que, sob hospitalização, deve permanecer em repouso, com reposição de líquidos e das perdas sanguíneas, quando indicado. Naquelas pessoas com formas graves, deve haver o atendimento em unidade de terapia intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito.
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O SUS oferece suporte para casos graves?
Sim. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece suporte para atendimento de todos os pacientes suspeitos, desde os casos leves até os graves.
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Como diferenciar a febre amarela de outras doenças transmitidas por mosquitos, como dengue e Zika?
Embora todas essas doenças compartilhem sintomas como febre, dor de cabeça e dor no corpo, os casos graves de febre amarela são caracterizados pela icterícia (pele e olhos amarelados), sangramentos e dor abdominal intensa. A dengue pode causar dores atrás dos olhos e manchas vermelhas na pele, enquanto a Zika comumente causa coceira e vermelhidão nos olhos.
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O que é a febre amarela?
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Sintomas e evolução da doença
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Quais são os sintomas da febre amarela?
As pessoas com febre amarela podem apresentar desde um quadro assintomático (sem nenhum sintoma) até quadros graves que podem levar à morte. A doença começa com febre alta, de início súbito, dor de cabeça intensa e duradoura, falta de apetite, náuseas e dor no corpo. Nas formas leves e moderadas, os sinais e os sintomas duram de dois a quatro dias.
Nas formas graves, dor de cabeça e dor no corpo ocorrem com maior intensidade e podem estar acompanhadas de náuseas e vômitos frequentes, pele e olhos com coloração amarelada, diminuição da produção de urina e hemorragias, como sangramento no nariz, no estômago (que provoca vômito de sangue) e uterino.
Pode ocorrer insuficiência hepática (do fígado) e renal (dos rins). Depois disso ocorre o agravamento do amarelão (icterícia), da insuficiência dos rins e hemorragias de maior intensidade, em muitos casos, evoluindo para o óbito em aproximadamente uma semana.
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O que fazer se sentir sintomas após visitar uma área de risco?
Busque o atendimento médico imediatamente e informe sobre a possível exposição ao risco de infecção em áreas rurais ou de mata, com a presença mosquitos. A presença de macacos mortos pode ser um sinal da ocorrência da doença na região). Evite a automedicação.
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Quais são os sintomas da febre amarela?
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Prevenção e vacinação
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Como se prevenir?
A vacina é a principal medida de prevenção contra a febre amarela. Porém, é importante frisar que as demais medidas de proteção individual, como a utilização de calças e camisas de manga longa, sapatos fechados, bem como a aplicação de repelentes nas áreas expostas do corpo devem ser mantidas. Os vetores do vírus da febre amarela têm hábito diurno, de modo que essas medidas devem ser adotadas durante todo o dia. A recomendação se estende tanto para residentes quanto para aqueles que irão se deslocar para áreas com transmissão ativa da doença.
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A vacina tem efeitos colaterais?
A vacina Febre Amarela (atenuada) é bem tolerada e raramente associada a eventos adversos graves. Os sintomas gerais relatados do 3º ao 10º dia são leves e desaparecem espontaneamente. Estes incluem: cefaleia, mialgia e febre.
Há indicações de que pessoas portadoras de doenças autoimunes tem maior risco de eventos adversos graves após administração da vacina Febre Amarela (atenuada). Estas pessoas não devem ser vacinadas antes de avaliação médica.
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Quem não pode tomar a vacina?
A vacina é contraindicada para crianças menores de 6 meses de idade, pessoas com imunodeficiência congênita ou secundária por doença, em usos de terapias imunossupressoras, pessoas em tratamento com medicamentos modificadores da resposta imune, pessoas com história pregressa de doença do timo e pessoas submetidas a transplante de órgão sólidos.
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Quantas doses da vacina são necessárias?
O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação da criança, sendo recomendada uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos. Para aqueles que receberam apenas uma dose antes dos 5 anos de idade, uma dose de reforço está recomendada. Para população com idade entre 5 e 59 anos que ainda não tenham sido vacinados, é recomendado uma dose única.
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Moro em área endêmica. Posso ter febre amarela mais de uma vez?
Não. Quem já teve a doença ou foi vacinado corretamente fica imune por toda a vida.
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Tomei a vacina há menos de 10 dias. Já estou protegido para viajar?
Embora a resposta imune primária tenha início em torno de sete dias após a vacinação, a imunogenicidade (proteção) segura, leva aproximadamente 10 dias após a aplicação. Em caso de deslocamento para áreas endêmicas ou com circulação viral, planeje-se com antecedência.
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A vacina contra a febre amarela pode ser tomada junto com outras vacinas?
Sim, a vacina contra a febre amarela pode ser administrada simultaneamente com a maioria das vacinas do Calendário Nacional de Vacinação brasileiro. No entanto, em crianças menores de 2 anos, deve-se respeitar um intervalo mínimo de 30 dias entre a vacina contra febre amarela e a Tríplice Viral (sarampo, caxumba e rubéola) ou a Tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela).
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Se estou gripado ou resfriado, com febre posso tomar a vacina contra febre amarela?
Não é recomendado aplicação da vacina contra a febre amarela em caso de febre ou com uma doença febril aguda. O melhor é adiar a vacinação até que não apresente mais nenhum sintoma.
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O Brasil produz a vacina de febre amarela?
Sim, o Brasil produz a vacina contra a febre amarela. O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) é o maior produtor mundial dessa vacina, utilizando a cepa atenuada 17DD do vírus da febre amarela.
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Como se prevenir?
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Vacinação em grupos específicos
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Quem deve tomar a vacina?
O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação da criança, sendo recomendada em dose aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos. Para aqueles que receberam apenas uma dose antes dos anos de idade, uma dose de reforço está recomendada. Para população com idade de 5 e 59 anos que ainda não tenham sido vacinados, é recomendado uma dose única.
Em contextos de surto, alto risco epidemiológico e emergência em saúde pública, o DPNI recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela na população idosa a partir de 60 anos de idade, residente ou que irá se deslocar para áreas com transmissão ativa da doença. Para a vacinação dessa população deve ser considerada a avaliação de risco associado a comorbidades, a presença de condições autoimunes ou de imunossupressão, e o uso de medicamentos que contraindique a aplicação da vacina. Mais informações na Nota Técnica nº 39/2025-CGICI/DPNI/SVSA/MS.
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Tenho mais de 60 anos. Posso me vacinar?
Em contextos de surto, alto risco epidemiológico e emergência em saúde pública, o DPNI recomenda a intensificação da vacinação contra a febre amarela na população idosa a partir de 60 anos de idade, residente ou que irá se deslocar para áreas com transmissão ativa da doença. Para a vacinação dessa população deve ser considerada a avaliação de risco associado a comorbidades, a presença de condições autoimunes ou de imunossupressão, e o uso de medicamentos que contraindique a aplicação da vacina. Mais informações na Nota Técnica nº 39/2025-CGICI/DPNI/SVSA/MS.
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Grávidas ou lactantes nunca podem se vacinar?
A vacinação está contraindicada para as gestantes. No entanto, na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos ou epidemias, o serviço de saúde deverá avaliar o risco-benefício da vacinação. A vacinação não está recomendada, devendo ser adiada até a criança completar 6 (seis) meses de vida. Na impossibilidade de adiar a vacinação, como em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos ou epidemias, o serviço de saúde deverá avaliar o risco benefício da vacinação. Importante ressaltar que após a vacinação, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias, com acompanhamento do serviço de Banco de Leite de referência. Em caso de mulheres que estejam amamentando e receberam a vacina de forma inadvertida, o aleitamento materno deve ser suspenso por 10 dias após a vacinação.
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Crianças podem tomar a vacina contra a febre amarela? A partir de qual idade?
Sim. O imunizante faz parte do Calendário Nacional de Vacinação da criança, sendo recomendada uma dose aos 9 meses de idade e um reforço aos 4 anos. Para aqueles que receberam apenas uma dose antes dos 5 anos de idade, uma dose de reforço esta recomendada. Para população com idade de 5 a 59 anos que ainda não tenham sido vacinados, é recomendado uma dose única.
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Quem deve tomar a vacina?
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Acesso à vacina e campanhas de imunização
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O SUS oferece vacina?
Sim. A vacina contra a febre amarela faz parte do Calendário Nacional de Vacinação e está disponível em todas as unidades de vacinação do Sistema Único de Saúde (SUS).
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Como saber se minha região está em campanha de vacinação?
A vacinação contra a febre amarela é uma ação fundamental de saúde pública, sendo oferecida de forma contínua durante todo o ano e intensificada em períodos e locais de maior risco de transmissão da doença. Para informações específicas sobre as campanhas de vacinação contra a febre amarela em sua localidade, recomenda-se acompanhar ativamente os canais de comunicação oficiais da secretaria de saúde do seu estado e do seu município. Estes órgãos são responsáveis pela organização e divulgação das ações de imunização em nível regional. Adicionalmente, o Ministério da Saúde pode fornecer informações gerais e diretrizes nacionais sobre a vacinação contra a febre amarela.
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Preciso de certificado internacional de vacinação para viajar?
A exigência do Certificado Internacional de Vacinação e Profilaxia (CIVP) é específica de cada país de destino e está alinhada aos regulamentos sanitários internacionais e às avaliações de risco epidemiológico conduzidas pelas autoridades de saúde de cada nação.
Acesse a relação de países que exigem o CIVP
É importante ressaltar que o certificado pode ser solicitado após 10 dias da vacinação e leva até 5 dias úteis para sua emissão.
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Como é feita a distribuição da vacina contra a febre amarela para os estados e municípios?
A distribuição da vacina para febre amarela é feita conforme a solicitação de doses para rotina dos estados via Sistema de Informação de Insumos Estratégicos (Sies), e em caso de necessidade de intensificação das ações de vacinação são realizadas pautas extra rotina.
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O SUS oferece vacina?
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Situação epidemiológica e risco de transmissão
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Áreas urbanas têm risco de transmissão?
No Brasil, a febre amarela se apresenta como uma doença de transmissão silvestre. O vírus se mantém na natureza entre populações de mosquitos silvestres e de macacos, e as pessoas podem se infectar quando se expõem em ambientes onde o vírus ocorre, sem estarem devidamente vacinadas. No Brasil, todos os casos ocorridos nas últimas décadas resultaram do ciclo silvestre de transmissão, por mosquitos silvestres. No entanto, o Aedes aegypti pode transmitir a doença em cidades se o vírus se estabelecer nesses ambientes.
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Posso pegar febre amarela em cidades grandes?
Desde 1942, não há registros de circulação urbana do vírus da febre amarela no Brasil. Os últimos casos foram documentados em Sena Madureira, no estado do Acre. No Brasil, a transmissão tem-se limitado a áreas de rurais e de mata, e os casos humanos identificados, em geral, possuem histórico de exposição a esses ambientes.
Contudo, é fundamental que a Vigilância em Saúde monitore a movimentação de possíveis casos no território e, havendo ocorrência de epizootias de primatas ou casos humanos suspeitos nas proximidades ou associados às áreas urbanas (com influência silvestre), que sejam adotadas as ações de controle vetorial com foco na redução de populações de mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, espécies suscetíveis à infecção pelo vírus da febre amarela.
Salienta-se que toda atividade de controle vetorial, como a borrifação de inseticida residual (BRI-Aedes), uso de larvicida ou o bloqueio de transmissão com nebulização espacial (UBV), são restritas a áreas urbanizadas, pontos estratégicos, imóveis especiais e imóveis residenciais, conforme versa a Nota Técnica nº 14/2025-CGARB/DEDT/SVSA/MS.
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Viagens para áreas turísticas (como litoral ou interior) têm risco?
Além da exposição ao risco de infecção relacionada a atividades de trabalho (e.g., trabalhadores rurais), pessoas que se deslocam para praticar atividades de turismo e lazer, tais como ecoturismo, pesca e esportes de aventura, também representam uma parcela importante das pessoas que adoecem com febre amarela.
É fundamental que as pessoas que planejam se deslocar para áreas com registro de transmissão de FA ou para áreas rurais e de mata verifiquem a carteira de vacinação. Caso ainda não estejam vacinadas contra a doença, procurem as Unidades de Saúde com pelo menos 10 dias de antecedência para se vacinarem, evitando a exposição a áreas e situações de risco sem proteção.
Além da vacinação, é recomendada a adoção de medidas de proteção individual, como a utilização de calças e camisas de manga longa, sapatos fechados, bem como a aplicação de repelentes nas áreas expostas do corpo. Os mosquitos que transmitem a febre amarela têm hábito diurno, de modo que essas medidas devem ser adotadas durante todo o dia.
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Por que a febre amarela é considerada endêmica na região amazônica?
Historicamente, a região amazônica é considerada endêmica para a FA no Brasil. O bioma abriga condições ecológicas, ambientais e climáticas que favorecem a manutenção do vírus na natureza, num ciclo enzoótico que envolve animais e mosquitos silvestres. As elevadas coberturas vacinais na região implicam baixo número de casos registrados, geralmente isolados, mas frequentes. Surtos são ocasionalmente registrados nessa região, em áreas com bolsões de suscetíveis, onde a presença de pessoas não vacinadas pode implicar em risco aumentado para essas populações.
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A febre amarela ainda representa um risco para áreas urbanas?
Sim, a febre amarela ainda representa um risco potencial para áreas urbanas. Embora a transmissão urbana não ocorra no Brasil desde 1942, a presença do mosquito Aedes aegypti, que pode transmitir o vírus, em áreas com sobreposição de populações de mosquitos, macacos e humanos pode favorecer a reurbanização da transmissão.
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Áreas urbanas têm risco de transmissão?
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Prevenção e controle da doença
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O governo faz controle dos mosquitos?
O controle de mosquitos em áreas silvestres não é realizado, devido à ineficácia dos métodos de controle nesse tipo de ambiente e aos impactos ambientais que essa ação pode ocasionar. O Ministério da Saúde orienta que as medidas de controle vetorial no contexto da transmissão de febre amarela sejam direcionadas para habitações humanas, áreas urbanas e periurbanas.
Não é recomendada a aplicação de inseticidas de qualquer natureza em áreas de vegetação natural, criadouros naturais e florestas. Medidas de controle podem ser adotadas em residências onde os casos humanos suspeitos estejam hospedados, em unidades de saúde onde os indivíduos estejam internados e suas adjacências, caso identificado um cenário de alta infestação por mosquitos Aedes sp.
Entre as medidas, recomenda-se o tratamento focal com larvicida, a borrifação residual intradomiciliar para o controle do Aedes (BRI-Aedes) e a nebulização espacial com adulticida (UBV). Mais informações sobre a orientações para o controle vetorial estão disponíveis na Nota Técnica nº 14/2025-CGARB/DEDT/SVSA/MS.
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Repelente funciona? Qual usar?
Sim. Uma vez que a transmissão da febre amarela se dá através da picada de mosquitos, o uso de repelentes com DEET, icaridina ou IR3535, seguindo as instruções da embalagem, é uma medida de proteção individual importante. Adicionalmente, o uso de roupas compridas que protejam o corpo do contato com os mosquitos reforça a proteção individual. No entanto, a única medida realmente eficiente para evitar a febre amarela é a vacinação, que deve ser feita com antecedência mínima de 10 dias em relação à exposição em uma área endêmica ou com possível transmissão.
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Macacos mortos significam perigo imediato?
A morte ou adoecimento de macacos serve como sentinela, pois pode ser devido à febre amarela. No entanto, isso não representa um perigo para pessoas vacinadas contra a febre amarela. Os macacos são nossos aliados. Eles indicam a presença do vírus e nos alertam para nos protegermos da doença. Não agrida e nem mate os macacos. Sem eles, não temos nenhum aviso da chegada da doença.
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O que fazer se encontrar um macaco morto ou doente em minha região?
Ao encontrar um macaco morto ou doente, não o manipule e evite qualquer contato direto com o animal. Em vez disso, informe imediatamente as autoridades de saúde do seu município e/ou registre a ocorrência no aplicativo SISS-Geo, disponível para download na App Store e Google Play Store.
Os macacos são sentinelas naturais da febre amarela, ou seja, sua morte pode indicar a presença do vírus na região antes que ele chegue aos seres humanos. Eles não transmitem a doença, apenas são vítimas dela, assim como nós. Agredi-los ou matá-los não impede a transmissão da febre amarela, mas compromete a vigilância e dificulta a identificação das áreas de risco e a adoção de medidas preventivas.
A melhor forma de prevenir a febre amarela é manter a vacinação em dia e colaborar com a vigilância epidemiológica, notificando epizootias no app SISS-Geo e contribuindo para a proteção da saúde de todos.
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Como ajudar na prevenção da febre amarela?
Vacine-se e ajude a proteger sua comunidade! Além de se imunizar, compartilhe apenas as informações verificadas de fontes oficiais, como o Ministério da Saúde, para combater a desinformação e evitar a disseminação de fake news.
Se encontrar um macaco morto ou doente, registre a ocorrência no aplicativo SISS-Geo e/ou informe as autoridades de saúde do seu município. Esse registro é essencial para o monitoramento da febre amarela, permitindo a identificação precoce do vírus e a adoção de medidas preventivas para proteger a população. A prevenção começa com a ciência, a informação responsável e a participação de todos!
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Como o Ministério da Saúde monitora a situação epidemiológica da febre amarela no País?
O Ministério da Saúde monitora a situação epidemiológica da febre amarela no Brasil por meio de um conjunto de ações estratégicas, que incluem:
Notificação e investigação de casos humanos – A febre amarela é uma doença de notificação compulsória imediata, e todos os casos suspeitos devem ser registrados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan) e investigados para testagem laboratorial e classificação dos casos.
Vigilância de epizootias em Primatas não Humanos (PNH) – A investigação da morte ou adoecimento de macacos (epizootias) pode indicar precocemente a circulação do vírus da febre amarela, antes do surgimento de casos humanos, e permite a adoção de medidas preventivas, como a vacinação das pessoas residentes na área e das pessoas que deslocam para essas localidades.
Vigilância entomológica (monitoramento de vetores) – A vigilância entomológica é realizada para acompanhar a presença e a densidade de mosquitos vetores do vírus, como espécies do gênero Haemagogus e Sabethes, que atuam na transmissão silvestre da doença, além de analisar a presença do vírus.
Análise epidemiológica e definição de áreas de risco – Os dados epidemiológicos são analisados continuamente para identificar padrões de transmissão e áreas com maior favorabilidade e vulnerabilidade para a transmissão, orientando a adoção de medidas preventivas, como a vacinação.
Imunização e ações de resposta – Com base nas evidências epidemiológicas, o Ministério da Saúde define estratégias de vacinação para populações em áreas de risco, seja por meio da vacinação de rotina ou de ações emergenciais.
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A febre amarela pode ser erradicada?
A febre amarela é uma doença que circula em áreas silvestres, portanto de impossível eliminação, devido ao fato de que não há ações de eliminação possíveis. No entanto, a vacinação pode prevenir surtos e reduzir significativamente o número de casos em humanos, e o controle de mosquitos pode reduzir o risco de reurbanização da transmissão.
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O governo faz controle dos mosquitos?
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