O câncer da boca e orofaringe é um tumor maligno que afeta os lábios e as estruturas da boca, como gengivas, bochechas, céu da boca (palato), língua (principalmente as bordas) e a região embaixo da língua (assoalho da boca). É o quinto tumor mais frequente em homens no Brasil. A maioria dos casos é diagnosticada em estágios avançados.
O tabaco e o álcool são os principais fatores de risco para o câncer de boca e orofaringe. Outros fatores como a dieta pobre em frutas e vegetais, a infecção pelo vírus HPV e a exposição dos lábios ao sol sem proteção também aumentam o risco de câncer de boca e orofaringe. O câncer de boca e orofaringe é passível de prevenção e diagnóstico precoce.
Principais fatores de risco
Tabaco
Álcool
HPV
Exposição ao sol sem proteção
Pouca ingestão de frutas e verduras
Detecção precoce
O câncer de boca pode ser detectado em fase inicial, quando o tratamento é mais efetivo, aumentando as chances de cura. Para isso, é importante estar atento a qualquer alteração na boca, desde mudanças na coloração até o surgimento de lesões parecidas com aftas, que não cicatrizem em até 15 dias.
Nesses casos, deve-se procurar imediatamente a unidade de saúde para ser examinado por um dentista ou médico. Quando uma lesão suspeita é identificada, a biópsia (remoção de um pequeno pedaço da lesão para exame laboratorial) deve ser realizada para avaliação. Se confirmado o câncer, o paciente deve ser encaminhado imediatamente para tratamento especializado.
Sinais e Sintomas
O câncer de boca pode afetar qualquer parte da boca, incluindo lábios, gengivas, bochechas, língua, céu da boca e região abaixo da língua.
Os principais sinais são:
- Lesões (feridas/úlceras) na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias. Essas lesões podem apresentar sangramentos e aumentar de tamanho.
- Manchas/placas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, céu da boca ou bochechas
- Nódulos (caroços) nos lábios, boca ou pescoço
- Rouquidão persistente
Nos casos mais avançados observa-se:
- Dificuldade para mastigar
- Dificuldade para engolir
- Dificuldade para falar
- Sensação de que há algo preso na garganta
- Dificuldade para movimentar a língua
- Perda de peso
Fique atento a esses sinais e a qualquer mudança na coloração ou aspecto da sua boca. Se notar alguma anormalidade, procure um profissional de saúde para investigação diagnóstica. Esses sinais podem ser causados também por outras doenças e não significa que você tenha, necessariamente, câncer.
Tratamento
Em alguns casos específicos, a radioterapia ou a quimioterapia também podem ser recomendadas. A cirurgia geralmente envolve a retirada da área afetada e, quando necessário, dos linfonodos do pescoço. Em situações mais simples, pode ser suficiente apenas a remoção da lesão. Já nos casos mais avançados, a cirurgia pode ser associada à radioterapia para garantir maior eficácia.
Acompanhamento pós tratamento
Após o tratamento, é importante manter o acompanhamento com consultas de rotina com o cirurgião de cabeça de pescoço e equipe multidisciplinar, principalmente nos primeiros 5 anos após o tratamento, período considerado na maioria das vezes o mais importante para o caso de recidiva, quando a doença pode retornar.
Atenção: A informação existente neste site pretende apoiar e não substituir a consulta odontológica ou médica. Procure sempre uma avaliação pessoal com o Serviço de Saúde.







