Notícias
SAÚDE COM CIÊNCIA
Alerta importante: 10 minutos por semana para eliminar os focos do mosquito da dengue
Foto: Internet
O Brasil registrou nas primeiras cinco semanas de 2025 mais de 230 mil casos prováveis de dengue, segundo dados atualizados pelo Ministério da Saúde em 01 de fevereiro. O número é mais que o dobro de notificações do mesmo período em 2023: 93.509.
O painel de monitoramento de arboviroses do governo contabilizou 67 mortes pela doença neste ano até a mesma data e 278 óbitos seguem em investigação. Em 2023, 64 mortes foram registradas.
Os dados servem como alerta para que cada cidadã e cada cidadão faça a sua parte. É importante lembrar que 75% dos focos do mosquito Aedes aegypti estão dentro das casas das pessoas. Por isso, prevenção é o melhor remédio contra a doença.
O que é
A dengue é uma doença febril aguda, sistêmica, dinâmica, debilitante e autolimitada. A maioria dos doentes se recupera, porém, parte deles podem progredir para formas graves e, inclusive, virem a óbito. A boa notícia é que quase a totalidade das mortes por dengue é evitável e depende, na maioria das vezes, da qualidade da assistência prestada e organização da rede de serviços de saúde.
Sintomas
Todo indivíduo que apresentar febre (39°C a 40°C) de início repentino e tiver pelo menos duas das seguintes manifestações – dor de cabeça, prostração, dores musculares e/ou articulares e dor atrás dos olhos – deve procurar imediatamente um serviço de saúde, para atendimento com um profissional de saúde e tratamento oportuno.
Todas as faixas etárias são igualmente suscetíveis à doença, porém indivíduos com condições preexistentes, como mulheres grávidas, lactentes, crianças (até 2 anos) e pessoas a partir de 65 anos têm mais chances de desenvolver complicações pela doença.
Vacina
Em 21 de dezembro de 2023, a vacina contra dengue foi incorporada no Sistema Único de Saúde (SUS). A inclusão do imunizante é uma importante ferramenta no SUS para que a dengue seja classificada como mais uma doença imunoprevenível. O Brasil é o primeiro país do mundo a oferecer o imunizante no sistema público de saúde.
O governo federal comprou todas as vacinas disponíveis no mercado. Já foram distribuídas 6,5 milhões de doses e mais de 9,5 milhões estão previstas para 2025.
Incorporada ao Programa Nacional de Imunizações (PNI) no final de 2023, a Qdenga está disponível gratuitamente no SUS para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que concentra o maior número de hospitalizações por dengue após os idosos. A vacina não é recomendada para pessoas que tem mais de 60 anos.
Cuidados
Embora exista a vacina contra a dengue, o controle do vetor Aedes aegypti é o principal método para a prevenção e controle para a dengue e outras arboviroses urbanas (como chikungunya e Zika), seja pelo manejo integrado de vetores ou pela prevenção pessoal dentro dos domicílios.
Portanto, em períodos fora da sazonalidade da doença é que ações preventivas devem ser adotadas. É o momento ideal para manutenção de medidas que visem impedir epidemias futuras. Nesse sentido, além das ações realizadas pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte.
Dicas de Prevenção
- Uso de telas nas janelas e repelentes nas partes do corpo a mostra;
- Remoção de recipientes nos domicílios, com acúmulo de água parada, que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
- Vedação dos reservatórios e caixas de água;
- Desobstrução de calhas, lajes e ralos;
- Participação na fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.
Tratamento
O tratamento é baseado principalmente na reposição adequada de líquidos. Por isso, conforme orientação médica, o paciente deve:
- Repousar;
- Ingerir líquidos com frequência;
- Tomar medicamentos apenas com orientação médica. A automedicação pode ser muito perigosa;
- Procurar imediatamente o serviço de saúde em caso de sangramentos ou surgimento de pelo menos um sinal de alerta;
- Retornar para reavaliação clínica conforme orientação médica.
É importante ficar atento do terceiro ao sétimo dia após os sintomas. Tradicionais. Essa fase pede atenção, pois é o período crítico que pode evoluir para a forma grave da doença. O paciente apresenta piora no estado clínico geral. Por isso, é fundamental procurar ajuda médica o mais rápido possível caso apareçam alguns dos seguintes sinais: dor abdominal intensa, vômito persistente, às vezes até com sangue, dificuldade respiratória, confusão mental, fadiga, náuseas, queda da pressão arterial, sangue nas fezes e sangramento nas gengivas ou nariz.
Todas as faixas etárias estão suscetíveis à dengue grave, mas o risco pode ser maior em idosos, gestantes ou pessoas com morbidades como diabetes e hipertensão arterial. Além disso, a chance de se desenvolver o quadro grave da doença é maior quando a pessoa tem dengue pela segunda vez.
Fonte
As referências usadas nesta matéria são as seguintes: