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HANSENÍASE NEURAL
Hanseníase neural e qualificação do diagnóstico são temas centrais de qualificação do Ministério da Saúde
O Ministério da Saúde (MS) realizou, nesta terça-feira (25) o webinário “Hanseníase Neural: Conhecer e Cuidar de Janeiro a Janeiro”, voltado a profissionais de saúde envolvidos no diagnóstico, vigilância e manejo clínico da doença. O evento conectou os palestrantes a participantes das cinco regiões do Brasil. A iniciativa tem como objetivo fortalecer práticas qualificadas para a identificação e condução da hanseníase neural, ampliar a atualização dos profissionais e promover a integração entre especialistas, gestores e equipes de atenção à saúde.
O MS reforça o compromisso com a qualificação contínua da resposta à hanseníase e com a promoção de ações integrais de vigilância e cuidado ao longo de todo o ano. A hanseníase neural, especificamente, é uma das formas mais desafiadoras da doença, devido às suas manifestações neurológicas e ao risco de incapacidades quando não diagnosticada precocemente.
A abertura do webinário contou com a participação da coordenadora-geral da Vigilância da Hanseníase e Doenças em Eliminação, Jurema Guerrieri Brandão, e da representante da Secretaria de Atenção Primária à Saúde (SAPS/MS), Danielle Moreira. O evento é uma realização do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEDT) da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA/MS) e foi moderado pelo consultor técnico Felipe Pierezãn.
Segundo Jurema Guerrieri, a proposta é trabalhar a temática dentro da perspectiva do diagnóstico e do manejo, de maneira a fortalecer os profissionais da assistência numa conduta mais adequada, que beneficie os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e promova mais qualidade da assistência. “Precisamos discutir a hanseníase em todas as suas dimensões. Este ano realizamos webinários trabalhando alguns aspectos da clínica e a temática da hanseníase neural foi uma, dentro das demandas que apareceram com maior destaque, por solicitação dos participantes dos estados e municípios. Temos conhecimento que a hanseníase tem uma complexidade e a questão neurológica é, sem dúvidas, uma delas, somando-se ao fator incapacitante que advém, em grande parte, desse dano neural. As questões que permeiam esse dano, como a manutenção do estigma, a discriminação social e o isolamento são muito impactantes”, destacou.
O público-alvo, composto por equipes de vigilância, médicos, enfermeiros e profissionais envolvidos na assistência, assistiu às palestras que abordaram aspectos clínicos, desafios diagnósticos e diferenciais neuropáticos, além dos entraves relacionados à notificação da hanseníase neural nos serviços de saúde. Entre os convidados, estiveram pesquisadores e especialistas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Ministério da Saúde.
Suellen Siqueira
Ministério da Saúde