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ACORDOS INTERNACIONAIS
Brasil assina acordo estratégico com o Reino Unido para incorporação de tecnologias em saúde
Foto: divulgação/MS
O Ministério da Saúde formalizou um acordo estratégico com o Reino Unido para o fortalecimento das políticas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e modelos de acesso a tratamentos inovadores no Sistema Único de Saúde (SUS). O foco da parceria está em qualificar processos, a fim de reduzir riscos para pacientes e para o orçamento público, com negociação de preços, além de integrar ferramentas de Inteligência Artificial.
A assinatura do documento foi realizada nesta terça-feira (9), em Londres, entre a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec ) e o National Institute for Health and Care Excellence (NICE). A parceria reforça o compromisso do governo federal com a incorporação responsável de tecnologias no SUS e com o fortalecimento das capacidades técnicas e institucionais para enfrentar desafios futuros em saúde pública.
"No cenário atual de tecnologias cada vez mais complexas e caras, a avaliação de tecnologias em saúde se torna essencial para apoiar decisões do Estado. A parceria é uma oportunidade de colaboração e aprendizado do Ministério da Saúde sobre as estratégias de negociação de preços utilizadas no Reino Unido para garantir acesso à saúde com custos sustentáveis para o sistema de saúde”, explicou a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Fernanda De Negri.
A iniciativa decorre de uma carta de intenções (Letter of Intent), assinada entre os dois países em outubro de 2025. O instrumento reconhece Brasil e Reino Unido como parceiros estratégicas em temas de saúde pública e estabelece a ampliação da colaboração em ciência, tecnologia, inovação e saúde digital, visando o fortalecimento das capacidades de ATS que é central para decisões baseadas em evidências e garantir acesso seguro e sustentável a novas tecnologias.
Cooperação e transparência
A parceria busca criar diretrizes e fluxos para um programa nacional e promover trocas com especialistas do NICE e da Conitec, com missões técnicas e participação em comitês. Outro ponto é aprimorar a transparência e a gestão de conflitos de interesse na avaliação de tecnologias em saúde, garantindo mais confiança pública.
Também haverá cooperação para aplicar Inteligência Artificial nos processos de avaliação. O foco está no aprendizado técnico e em oficinas que ajudem a incorporar essas ferramentas no trabalho cotidiano. No campo da ciência e inovação, a proposta é conhecer melhor o ecossistema britânico, suas relações com regulação e avaliação, e discutir como pesquisas podem acelerar o acesso da população a novos tratamentos.
Taís Nascimento
Ministério da Saúde