Webinário atualiza profissionais da saúde sobre vigilância, manejo clínico e imunização da caxumba

Nesta quinta-feira (21), o Ministério da Saúde, por meio do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), realizou o webinário “Aspectos sobre Vigilância e Imunização da Caxumba”. O evento teve como objetivo treinar profissionais de saúde das redes de atenção primária, especializada e indígena, além de especialistas em vigilância epidemiológica, sobre manejo clínico de caxumba, estratégias de vacinação e a vigilância da doença no Brasil.

A caxumba, embora apresente baixa letalidade, é uma doença endêmica que pode resultar em surtos epidêmicos recorrentes, especialmente em regiões com baixa cobertura vacinal. Por ser uma doença imunoprevenível, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece a vacina como medida de proteção e controle. Durante o evento, foram destacadas as implicações clínicas e epidemiológicas da doença, que pode causar alta morbidade.

Dentre as palestras, a infectologista pediátrica, Normeide Pedreira, falou sobre o manejo clínico da caxumba, enquanto Rebeca Porto Rosa, consultora técnica do Ministério da Saúde, falou sobre a vigilância epidemiológica. Fechando o ciclo, a coordenadora- geral de Incorporação Científica e Imunização (CGICI), Ana Catarina de Melo Araújo, tratou das estratégias de vacinação contra a caxumba.

De acordo com Ana Catarina, o evento destacou a importância do treinamento contínuo para que profissionais de saúde estejam preparados para lidar com surtos e aprimorar o controle da doença. “Essa iniciativa reforça a compreensão e atuação integrada nas áreas de vigilância e imunização, contribuindo para a proteção da população brasileira”, disse.

Imunização

A vacinação contra a caxumba no Brasil é realizada por meio da oferta da vacina tríplice viral, que protege contra caxumba, sarampo e rubéola, e da vacina tetraviral, que, além dessas doenças, protege também contra a varicela. O imunobiológico é disponibilizado gratuitamente pelo SUS e faz parte do Calendário Nacional de Vacinação para pessoas de 12 meses até 59 anos de idade.

Durante a palestra, Ana Catarina reforçou a importância da vacinação. “A vacina tem sido fundamental na redução dos casos de caxumba no país, especialmente entre crianças. No entanto, surtos esporádicos continuam a ocorrer, principalmente em populações não vacinadas ou com vacinação incompleta, como adolescentes e adultos jovens”. “A tríplice viral tem se mostrado altamente eficaz, mas desafios como fake news e hesitação vacinal têm impactado na adesão em algumas regiões”, completou.

Esquema Vacinal

• Crianças: a primeira dose da vacina tríplice viral é aplicada aos 12 meses de idade, seguida da vacina tetraviral (que inclui proteção contra a varicela) aos 15 meses;
• Adolescentes e adultos não vacinados: até os 29 anos, devem receber duas doses da tríplice viral com intervalo de 30 dias entre elas. Para pessoas de 30 a 59 anos, é recomendada uma dose da tríplice viral;
• Trabalhadores da saúde: independentemente da idade, devem receber ou comprovar vacinação com duas doses de tríplice viral.

Marcella Mota
Ministério da Saúde