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PREVENÇÃO
Em 2022, 143 casos de hanseníase foram registrados em Santa Catarina
Dados preliminares da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), do Ministério da Saúde, revelam que, em 2022, foram registradas 143 novas ocorrências de hanseníase em Santa Catarina, estado da região sul do país. Segundo a ministra da Saúde, Nísia Trindade, esse levantamento alerta para a importância da conscientização e atenção aos primeiros sintomas da doença.
Para o apoio ao diagnóstico da hanseníase no Sistema Único de Saúde (SUS), o órgão distribuirá, a partir de fevereiro, para todos os estados e o Distrito Federal, 150 mil testes rápidos. Essa medida coloca o Brasil como primeiro país no mundo a ofertar insumos para a detecção da doença na rede pública.
A hanseníase é considerada uma das doenças mais antigas da humanidade. Causada pela bactéria Mycobacterium leprae, é uma enfermidade infecciosa, transmissível e de evolução crônica, que atinge principalmente os nervos periféricos, a pele e as mucosas. A infecção pode causar lesões neurais e danos irreversíveis. Por isso, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são tão importantes.
Os sinais e sintomas mais frequentes são manchas de cores variadas nas diferentes partes do corpo, que geralmente estão associadas a uma perda de sensibilidade ao toque e à dor, além de possuírem uma temperatura diferente do restante da pele; áreas com diminuição de pelos e suor; sensação de formigamento e/ou fisgadas, principalmente em mãos e pés; diminuição ou perda da sensibilidade e/ou da força muscular na face, e/ou nas mãos e/ou nos pés; e caroços (nódulos) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
A hanseníase pode atingir pessoas de ambos os sexos e de qualquer idade, mas é necessário um longo período de exposição à bactéria e apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece. A boa notícia é que a hanseníase tem cura. Após o diagnóstico, a pessoa passa a tomar os medicamentos que são fornecidos gratuitamente na rede pública de saúde. Por isso, quanto antes o diagnóstico e tratamento adequado, maiores são as chances de cura.
Fique por dentro:
- Gravidez e aleitamento materno não contraindicam o uso de PQT-U;
- Pessoas com peso inferior a 30kg devem ter doses de medicamentos ajustadas;
- O uso de anticoncepcionais orais pode ter sua ação reduzida durante o tratamento;
- Caso sejam necessários esquemas substitutivos à PQT-U, o SUS também disponibiliza os medicamentos de forma gratuita;
- É importante que as pessoas próximas de pacientes com hanseníase também sejam avaliadas por um profissional de saúde.
Ministério da Saúde