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PREVENÇÃO
Roraima recebe 100 mil doses de vacina contra a raiva
A raiva é uma doença infecciosa viral aguda grave, com letalidade em quase 100% dos casos. Para auxiliar no combate ao vírus, o estado de Roraima recebeu, neste ano, 100 mil doses de vacina antirrábica para cães e gatos. A imunização é uma das estratégias para a evitar a disseminação da infecção entre os humanos, que podem ser infectados pela saliva dos pets. Desde 1973, o país mantém o Programa Nacional de Profilaxia da Raiva (PNPR), responsável pela vacinação antirrábica canina e felina em todo o território nacional.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença está presente mundialmente e é responsável por cerca de 60 mil mortes todos os anos. Desde 2010, foram registrados 45 casos de raiva humana no Brasil, sendo que apenas duas ocorrências obtiveram a cura. Todos os demais casos evoluíram para óbito.
O Ministério da Saúde alerta que os principais sintomas da raiva são mal-estar geral, pequeno aumento de temperatura, anorexia, cefaleia, náuseas, dor de garganta, entorpecimento, irritabilidade, inquietude e sensação de angústia, que duram em média de 2 a 10 dias. Quando a doença evolui, são comuns os quadros de ansiedade e hiperexcitabilidade crescente; febre; delírios; espasmos musculares involuntários, generalizados, e/ou convulsões. Convulsões dos músculos da laringe, faringe e língua também ocorrem quando o paciente vê ou tenta ingerir líquido, apresentando excessiva salivação, a sialorreia intensa (hidrofobia).
Com o PNPR, o Brasil mantém um baixo número de casos de raiva em animais, o que permite o controle da raiva urbana. Na série histórica de 1999 a 2017, o país saiu de 1.200 cães positivos para raiva em 1999 (incluindo em sua maioria as variantes 1 e 2, típicas desses animais), para 11 casos de raiva canina em 2020, todos identificados como variantes de animais silvestres.
Deve-se sempre evitar aproximação com cães e gatos sem os tutores, além de não mexer ou tocá-los quando estiverem se alimentando, com crias ou mesmo dormindo. Nunca tocar em morcegos ou outros animais silvestres diretamente, principalmente quando estiverem caídos no chão ou encontrados em situações não habituais.
Ministério da Saúde