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SAÚDE ESPECIALIZADA
Ministério da Saúde mobiliza equipes de saúde do Pará para avanço no tratamento da hemofilia infantil
Nesta sexta-feira (24), o Ministério da Saúde mobilizou o país em defesa da ampliação do uso do medicamento Emicizumabe no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento de crianças de 0 a 6 anos com hemofilia A. No Pará, a mobilização aconteceu na Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (Hemopa), reunindo profissionais de saúde, associações de pacientes e representantes do governo estadual.
“Esse medicamento evita que as crianças tenham acidentes por punções que podem causar infecções e levar à internação. Ele é aplicado por via subcutânea e substitui o uso endovenoso. Imagine: estamos falando de um tratamento que antes era aplicado na veia de bebês com um mês, dois meses, até seis anos. Neste mês das crianças, tudo o que queremos é garantir que elas tenham mais qualidade de vida e possam viver melhor com a hemofilia”, pontuou a assessora técnica da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, Lena Peres, presente no Hemopa.
O medicamento já é disponibilizado pelo SUS para outras faixas etárias e tem potencial para beneficiar 1.038 pacientes, reduzindo em mais de 90% os episódios de sangramento, diminuindo hospitalizações, prevenindo sequelas articulares e garantindo mais conforto, segurança e qualidade de vida às crianças e suas famílias.
O Emicizumabe é aplicado por via subcutânea, de forma semanal, substituindo o tratamento intravenoso frequente com o Fator VIII recombinante. A proposta de incorporação do medicamento ao Sistema Único de Saúde (SUS) foi analisada pela Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec), que ainda não emitiu parecer favorável. O tema segue em avaliação pela comissão, após consulta pública que recebeu contribuições favoráveis de entidades de pacientes, profissionais de saúde e representantes da sociedade civil.
Em apoio à decisão, o Ministério da Saúde promoveu nesta sexta-feira (24), uma mobilização nacional com a participação de hemocentros, associações de pacientes e profissionais de saúde em cinco estados — Pernambuco, Ceará, Paraná, Pará e Bahia, além do Distrito Federal, reforçando o compromisso do SUS com a inovação, a equidade e o cuidado integral à infância.
Ministério da Saúde