Fazenda destaca papel do setor de seguros para resiliência climática e transformação ecológica

Conseguro 2025. Foto: Divulgação/MF

Representantes do Ministério da Fazenda defenderam, na terça-feira (27/5), o fortalecimento da parceria com o setor de seguros como fator essencial para a construção de uma economia mais resiliente, adaptada aos riscos climáticos e alinhada às diretrizes da Taxonomia Sustentável Brasileira. A mensagem foi destacada pela subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável da Fazenda, Cristina Reis, durante a Conseguro 2025, evento que debateu assuntos relacionados à área de seguros e ocorreu na cidade de São Paulo.

No painel de abertura, intitulado “O Papel do Setor de Seguros no Enfrentamento da Transição Climática", Reis ressaltou que a transformação ecológica, impulsionada pelo programa Novo Brasil, exige a mobilização de todos os setores produtivos e que o mercado segurador tem papel estratégico nesse processo. “O Ministério da Fazenda reconhece a importância estratégica do setor segurador para a agenda da transição ecológica. Ao contribuir com metodologias de análise de risco e desenvolver produtos alinhados à sustentabilidade, o setor passa a ser agente ativo da mudança. A Taxonomia Sustentável chega justamente para orientar e qualificar essa transição”, avaliou.

Segundo a subsecretária, ampliar a cobertura de seguros, especialmente daqueles voltados para adaptação às mudanças climáticas, é uma prioridade que vai além do campo econômico. “Precisamos ampliar a cobertura de seguros com foco em adaptação às mudanças climáticas. Isso não é apenas uma questão econômica, é uma política pública de proteção social e desenvolvimento”, reforçou.

Comportamentos sustentáveis

A subsecretária enfatizou ainda que o setor de seguros tem potencial para induzir empresas a práticas sustentáveis, ao incorporar critérios de resiliência e sustentabilidade à precificação e cobertura dos produtos. Segundo ela, a transformação ecológica demanda novas atividades produtivas e o setor de seguros tem expertise consolidada na gestão de riscos. Na avaliação dela, essas características são essenciais para apoiar a transformação, não só ajudando a diminuir riscos, mas também estimulando investimentos alinhados à economia de baixo carbono. “Ampliar a cobertura de seguros é uma medida urgente para proteger pessoas e ativos em um contexto de aumento das catástrofes climáticas”, alertou.

Além disso, Reis destacou que a Taxonomia Sustentável Brasileira, coordenada pelo Ministério da Fazenda, contará com a contribuição ativa do setor segurador, tanto no Comitê Participativo quanto na formulação de critérios técnicos que nortearão a classificação de atividades econômicas sustentáveis no país.

Para o Ministério da Fazenda, essa colaboração entre governo e mercado segurador é importante para o enfrentamento dos desafios impostos em função do aumento da frequência e da intensidade dos eventos climáticos extremos, como enchentes, secas, incêndios e deslizamentos. “A colaboração entre setor público e setor securitário é estratégica para fortalecer a resiliência das cidades e territórios vulneráveis”, pontuou Reis.

Sobre a Conseguro 2025

Promovida pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), a Conseguro 2025 é a principal reunião de negócios e conteúdo do setor de seguros do Brasil. O evento reuniu executivos de seguradoras, corretoras, empresas de tecnologia, lideranças do setor público, parlamentares e especialistas, com foco em desafios e oportunidades para o setor diante da agenda de desenvolvimento sustentável e da transição climática.

Além de Cristina Reis, o painel contou com a participação da diretora-executiva da COP30, Ana Toni; do presidente da FenaPrevi, Edson Franco; do CEO da Sancor Seguros Brasil, Edward Lange; do deputado federal Fernando Monteiro (Republicanos-PE) e do CEO da Guy Carpenter no Brasil, Pedro Farme.