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NOVO BRASIL
Com várias entregas efetivas, Brasil tem diferencial competitivo no cenário mundial
O Ministério da Fazenda (MF) e o Governo Federal estão engajados em impulsionar a economia do Brasil a um patamar produtivo superior, aliando crescimento, economia de carbono baixo e justiça social, destacou nesta sexta-feira (6/6) o secretário-executivo adjunto do Ministério da Fazenda, Rafael Dubeux. “O que dois anos atrás era apenas uma ideia do que poderia ser um caminho possível para o desenvolvimento brasileiro, agora está se tornando real”, disse Dubeux, ao participar de painel do Brazil Climate Investment Week, na cidade de São Paulo. “Normalmente, em todo o mundo, ministérios de finanças são indiferentes ou até antagonistas a uma agenda verde. Não é o caso no Brasil”, reforçou Brasil.
O secretário-executivo adjunto do MF destacou a importância das ações de governo empreendidas para promover a estabilidade macroeconômica e aprimorar o ambiente de negócio. “Isso é muito importante, é um requisito para o desenvolvimento, mas não é o suficiente”, advertiu, ao ressaltar a importância do Novo Brasil — Plano de Transformação Ecológica.
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Essa iniciativa do Ministério da Fazenda constrói políticas públicas e ferramentas estratégicas para que a indústria, agricultura, energia, finanças e sociedade, como um todo, sejam impulsionadas a um novo patamar de desenvolvimento sustentável e tecnológico. O lema é consolidar uma nova economia com melhores empregos e distribuição de renda mais justa para a população. O governo acredita que a economia de baixo carbono será um dos grandes vetores de desenvolvimento e crescimento para as próximas décadas até o mundo atingir a neutralidade em emissões dos gases do efeito estufa (GEE), e vem construindo inúmeras políticas para garantir que o país seja líder em inúmeros setores dessa economia do presente e do futuro.
“Temos de trabalhar nos pilares de estabilidade macroeconômica e melhoria do ambiente de negócios, mas, ao mesmo tempo, criar esse novo caminho para o desenvolvimento baseado em tecnologia, em inovação, em aumento da produtividade, em redução do impacto ambiental e em prosperidade econômica para todos”, reforçou Dubeux. Esse foco em um novo modelo de crescimento já apresentou resultados, destacou, ao citar, entre outros exemplos, a aprovação da Lei do Mercado Regulado de Carbono.
“E já que temos a COP 30 no final deste ano, o Brasil está liderando um esforço para criar uma coalizão entre diferentes países do mundo para criar uma integração do mercado de carbono. É uma política muito importante, doméstica e internacionalmente”, ressaltou.
Resultados
Dubeux citou outros resultados efetivos resultantes dos esforços pela construção de um novo modelo de desenvolvimento brasileiro. Mencionou as duas emissões de títulos soberanos sustentáveis já realizadas (uma em 2023 e outra em 2024, cada uma de US$ 2 bilhões) e anunciou que uma operação semelhante está sendo planejada para 2025. Destacou também a Lei dos Combustíveis do Futuro e o programa Eco Invest Brasil, que reduz o risco cambial para empreendedores internacionais que apostarem em projetos, no país, associados aos princípios da transformação ecológica.
Ao mesmo tempo que o novo modelo de desenvolvimento avança, a economia do Brasil, em geral, está se robustecendo, destacou Dubeux, indicando também outras conquistas, como a aprovação da Reforma Tributária do consumo. Ele lembrou que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) superou as expectativas de mercado nos dois últimos anos, que as exportações estão batendo recordes e que o Brasil está com índices mínimos históricos de desemprego e pobreza.
Apontou que dois pontos de preocupação — inflação e sustentabilidade da dívida pública no longo prazo — estão recebendo cuidados e encaminhamentos adequados. O secretário-executivo adjunto do MF, inclusive, advertiu que a inflação média para os quatro anos do atual governo será a mais baixa desde o lançamento do Plano Real, em 1994, em relação aos ciclos anteriores. “Estamos bem encaminhados para alcançar todos esses resultados maiores, sustentáveis a longo prazo, econômica e ambientalmente sustentáveis”, reforçou Rafael Dubeux.
Eco Invest Brasil
Durante o NbS Investment Summit, realizado no contexto da Brazil Climate Investment Week, o Programa Eco Invest Brasil do Ministério da Fazenda, foi reconhecido como uma das iniciativas mais inovadoras no campo das finanças sustentáveis em 2024, marcando a consolidação do Brasil e do Governo Federal como protagonistas na agenda global de investimentos climáticos.
No painel “Enabling Environment & Large-Scale Finance Innovation”, mediado por Maria Netto (iCS), Mario Augusto Gouvêa de Almeida, representante do Tesouro Nacional e coordenador do Eco Invest Brasil, compartilhou as mais recentes inovações do Programa, ao lado de Danielle Carreira (TFA/WEF), Nabil Kadri (BNDES), Rodrigo Lauria (Vale) e Daniel Porto (HSBC).
A discussão abordou estratégias de redução de riscos e mecanismos financeiros voltados à mobilização de capital em larga escala. O Eco Invest Brasil foi destacado como um instrumento pioneiro por sua abordagem blended, que combina crédito concessionário, proteção cambial e incentivos à estruturação de fundos de investimento, criando condições mais favoráveis para a participação do capital privado em projetos sustentáveis.
“O Eco Invest evoluiu de um desenho inovador para uma política pública operacional que está gerando efeitos reais no mercado. Ele oferece segurança regulatória e soluções concretas para destravar o investimento privado em setores de alto impacto, como a recuperação de terras degradadas, infraestrutura verde e bioeconomia”, afirmou Gouvêa.
O evento reuniu líderes do setor público, privado e de instituições internacionais, reforçando o protagonismo do Brasil no avanço de políticas de desenvolvimento econômico com emissão líquida zero.
A edição de 2025 do Summit destacou a importância da bioeconomia e das Soluções Baseadas na Natureza (NbS) como vetores-chave para alcançar os compromissos climáticos até a COP30.
Com os próximos leilões do Eco Invest já programados, incluindo uma rodada dedicada à Amazônia, o Programa se posiciona como uma das principais pontes entre o capital global e os investimentos de impacto no Brasil.