Censipam: nível dos rios na região amazônica deve se manter com risco reduzido de cheias no início de 2024

Manaus (AM), 13/12/2023 – O nível dos rios da Amazônia deve se manter estável com baixa possibilidade de cheias severas, segundo previsão do Censipam (Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia), órgão do Ministério da Defesa. 

A análise foi feita durante o seminário Pré-Cheia 2023: Análise e Prognóstico Hidrometeorológico 2024, ocorrido nesta quarta-feira (13), em Manaus (AM). O evento reuniu técnicos do Censipam, acadêmicos, membros das Forças Armadas, representantes da Defesa Civil e outros especialistas no tema.

Avaliação – Em 2024, o nível dos rios será impactado pela intensa estiagem que tem, atualmente, acometido a região amazônica, com diminuição severa do nível dos rios. “Para o início de 2024, período tradicionalmente de cheias, a previsão é que o nível dos rios, em função das condições atuais, vai subir muito pouco, vai subir, mas não vai chegar em um nível alarmante”, avaliou Flávio Altieri, analista em Ciência e Tecnologia do Censipam. 

O prognóstico é feito a partir de dados extraídos do Sistema Integrado de Monitoramento Hidrometeorológico (SipamHidro), ferramenta desenvolvida pelo Censipam que gera informações que permitem avaliar a situação futura tanto do nível dos rios quanto das condições climáticas. A partir das informações geradas pelo SipamHidro, os agentes públicos conseguem agir preventivamente em relação a alagamentos, inundações, erosões no solo, desmoronamentos, secas, entre outros eventos.

Seminário - Durante o evento, o Censipam promoveu uma série de palestras e discussões a fim de contribuir com a redução dos impactos causados pela oscilação do período de seca e cheias, que tradicionalmente ocorre na Amazônia.

O Gerente Regional da instituição, Franklin Fernando Teixeira, ressaltou que o seminário representa um marco na busca pelo entendimento e por soluções diante dos desafios impostos pelos eventos climáticos extremos. Ele alertou: “É importante agirmos para reduzir os impactos ambientais e socioeconômicos na ocorrência de alagamento ou inundação, por meio do monitoramento e da previsão desses eventos severos”.

O coordenador de Operações da Defesa Civil do Amazonas, Coronel Adson de Sousa Ferreira, afirmou que “as informações fornecidas pelo Censipam nos auxiliam a tomar medidas antecipadas em razão dos fenômenos causados pelas mudanças climáticas“, salientou.