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DESPEDIDA
Nota de pesar: Luis Fernando Verissimo
Foto: Unesp/Divulgação
O Ministério da Cultura (MinC) recebe com pesar a notícia da morte do escritor, cronista e jornalista Luis Fernando Verissimo, aos 88 anos, neste sábado (30). Foi agraciado com a Ordem do Mérito Cultural (OMC) em 1996, no primeiro ano em que a honraria foi concedida pelo MinC.
Verissimo marcou a literatura e o jornalismo nacional com sua escrita inteligente, irônica e bem-humorada. Filho do também escritor Erico Verissimo, estreou em 1969 e, desde então, construiu uma trajetória sólida e diversificada, transitando entre a crônica, a ficção, o conto, a tradução e o humor gráfico.
Autor de mais de 80 livros, entre romances, coletâneas e antologias, sua obra inclui títulos como O Analista de Bagé (1981), Comédias da Vida Privada (1994) — adaptada para a televisão pela TV Globo —, e Borges e os Orangotangos Eternos (2000), romance policial vencedor do Prêmio Jabuti. Além dos livros, Verissimo foi presença constante na imprensa brasileira, com colunas publicadas em jornais de grande circulação, onde comentava com leveza e sagacidade temas do cotidiano, da política, da cultura e dos afetos.
O escritor recebeu o prêmio Juca Pato e, foi considerado o Intelectual do ano pela União Brasileira de Escritores em 1997. Em 2003, seu livro Clube dos Anjos, na versão em inglês (The Club of Angels), foi escolhido pela New York Public Library, um dos 25 melhores livros do ano. Já em 2004, recebeu o Prix Deus Oceans do Festival de Culturas Latinas de Biarritz, na França.
A escrita acessível, refinada e divertida fez de Verissimo um dos autores mais lidos do país, conquistando leitores de diferentes gerações e ampliando a presença da literatura brasileira em diálogo com o público.
O Ministério da Cultura se solidariza com familiares, amigos, colegas e milhões de leitores que hoje lamentam a partida de um dos maiores cronistas da história da literatura nacional.