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Alinka Lépine-Szily - Nota de pesar
- Foto: Divulgação / SBF
O Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) lamenta o falecimento da física e bolsista de Produtividade em Pesquisa Alinka Lépine-Szily, no dia 04 de setembro.
Bolsista PQ por 45 anos (desde 1980), Alinka nasceu em 1942, na Hungria, e imigrou para o Brasil na década de 1950, aos 15 anos de idade. Graduou-se e doutorou-se no no Instituto de Física da USP, do qual viria a ser diretora. Reconhecida por pares e alunos, ministrou durante muitos anos o curso de Ciências Moleculares, entre outros do Instituto.
Dedicada à pesquisa na área de física nuclear e reações nucleares, alcançou reconhecimento nacional e internacional na área. Na década de 1990, foi pesquisadora no laboratório GANIL (França), onde participou como líder na primeira experiência de produção do isótopo exótico duplo mágico 100Sn.
Durante mais de 40 anos, trabalhou no acelerador de partículas Pelletron (atual Laboratório Aberto de Física Nuclear e Aplicações - LAFNA) da USP, do qual foi diretora. Orientou mais de 20 estudantes de mestrado e doutorado e foi organizadora de Reuniões Anuais de Física Nuclear durante mais de 40 anos. Em 2024, recebeu a comenda da Cruz-Cavaleira da Ordem do Mérito Húngara, do governo da Hungria.
"A professora Alinka foi uma repreentante importantíssima da física nuclear brasileira e, como mulher, teve que transpor várias barreiras - o que fez sempre com muita elegância. Ela deixa certamente um legado e um exemplo inquestionáveis", afirma a também física Débora Menezes, ex-presidente da Sociedade Brasileira de Física (SBF) e atual diretora de Análise de Resultados e Soluções Digitais do CNPq.