Notícias
Luiz, Tania e Tareco, o gato que fugiu pro telhado
O que não foi levado pelas águas, tivemos que jogar fora. O estoque que eu tinha de mercadoria do meu comércio foi todo por água abaixo
Porto Alegre (RS) - Uma casa invadida pela lama. Um comércio destruído pelas águas. Luiz Carlos, de 65 anos, e a esposa Tania Marisa, de 69, foram obrigados a recomeçar. “Tudo começou dia 3 de maio. Em questão de oito horas, a água já batia dois metros de altura, nossa casa ficou assim por uns 40 dias”, relembra Luiz.
Então moradores do bairro Navegantes, em Porto Alegre, Luiz era dono de uma loja de salgados. Quando voltaram, conseguiram salvar quase nada.
O alívio veio com o Compra Assistida, uma modalidade do Minha Casa, Minha Vida criada para apoiar vítimas das enchentes que castigaram o Rio Grande do Sul. "A gente não via a hora, quando a chave foi entregue eu fiquei muito feliz”, comemora Tania. Há mais de três meses morando no imóvel novo, no bairro de Rubem Berta, em Porto Alegre, o casal celebra a nova fase de tranquilidade. “Aqui é o céu!”, festeja Luiz.
O resgate de Tareco, o gato
Pouco antes das enchentes, o casal cuidava do gato de uma vizinha que havia falecido. Tareco visitava diariamente a casa para comer ração. Quando abandonaram a casa, até procuraram pelo bichano, mas ele havia sumido.
“Não achamos ele na hora e ficamos perguntando ‘bah, e o Tareco?”. O filho e o genro alugaram um caiaque para procurar o gato. E deu certo! “Ainda tinha uns dois metros e pouco de água dentro de casa. Quando eles olharam para cima, o gato começou a miar. Meu filho subiu no telhado e pegou o gato”, conta Luiz.
“Eu chorei muito na hora que vi o Tareco”, diz Tania. “O bicho estava parecendo um palito”, completa Luiz. “Hoje ele é da família”.
Compra Assistida
A modalidade Compra Assistida foi fruto de um esforço do Governo Federal, por meio do qual uma modalidade nova foi criada. O público beneficiado são as famílias Faixas 1 e 2, ou seja, aquelas com renda de até R$ 4.700,00. As famílias contempladas podem escolher imóveis disponíveis no próprio município, ou em outro no Rio Grande do Sul, à sua escolha, no valor de até R$ 200 mil.
Apenas as famílias atingidas pelas enchentes, com renda familiar de até R$ 4.700,00, são beneficiadas. Para evitar fraudes, as prefeituras fazem o crivo das famílias afetadas, juntamente com o ateste da Defesa Civil (Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional). Somente após isso, o Ministério das Cidades, a Caixa Econômica Federal e a Dataprev dão andamento nas checagens e processamento dos dados, para, depois, realizar as listas de seleções dos beneficiados.
Assessoria Especial de Comunicação Social do Ministério das Cidades
Atendimento à Imprensa
Telefone: (61) 2034-4282
E-mail: imprensa@cidades.gov.br

