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CONCURSO PÚBLICO
Curso de formação marca nova era na Agência Nacional de Mineração
Começou na quinta-feira, 24 de julho de 2025, o curso de formação dos 230 primeiros aprovados no concurso público da Agência Nacional de Mineração (ANM). O momento marca um ponto de inflexão para a instituição e para o setor mineral brasileiro. Com o início da capacitação, a ANM dá um passo decisivo para recompor seu quadro funcional, enfrentar o déficit histórico de pessoal e consolidar seu papel estratégico na regulação da mineração em um cenário global de transição energética, inovação tecnológica e pressão por responsabilidade socioambiental. Veja as fotos do primeiro dia.
Ao dar as boas-vindas o diretor-geral Mauro Sousa destacou a importância simbólica e prática da nova geração de profissionais. “Vocês ingressam em uma instituição em construção. A ANM tem apenas seis anos e ainda não atingiu sua maturidade como agência. Mas chegou a hora de virar a página do antigo DNPM e construir, juntos, uma instituição forte, respeitada e moderna, com servidores públicos conscientes de seu papel diante da sociedade”, afirmou.
Com apenas 30% dos cargos previstos por lei atualmente ocupados, a ANM enfrenta sobrecarga de trabalho e limitações operacionais. A chegada dos novos candidatos — engenheiros, geólogos, economistas, administradores, contadores, profissionais de comunicação, direito, TI e outras áreas — é vista como uma injeção de fôlego e qualidade. Para Mauro Sousa, “o ingresso de vocês representa o início de uma nova fase na construção institucional da Agência. Temos uma missão nobre: fazer a curadoria dos bens minerais pertencentes à União. E para isso, precisamos de gente preparada, comprometida e inspirada”.
O diretor Tasso Mendonça fez um resgate histórico da mineração no Brasil, lembrando que o país nasceu mineral e que a extensão territorial brasileira foi moldada pela busca do ouro e da riqueza subterrânea. “A mineração faz parte da nossa identidade. O Brasil é o que é por causa da mineração. Hoje, o mundo olha para nós pela riqueza dos nossos recursos minerais e pela responsabilidade que temos em sua exploração”, declarou.
Essa dimensão estratégica foi reforçada pelo diretor Caio Seabra Trivellato, que vinculou diretamente a atuação da ANM ao desenvolvimento econômico e à transição energética. “Cada processo que vocês vão analisar é um motor de desenvolvimento nacional. Estamos falando de empregos, royalties, infraestrutura e crescimento regional. Estamos nos estruturando para operar em um mundo digital, de decisões rápidas e impacto global. Por isso, precisamos regular com responsabilidade e visão de futuro”, explicou.
Em um discurso marcado pela emoção, o diretor Roger Cabral compartilhou sua trajetória, de estagiário até alcançar a direção da Agência. “Qualquer um de vocês pode chegar aonde eu estou. A ANM oferece muitas oportunidades para quem se dedica. Façam carreira aqui. Vale a pena. A gente transforma e é transformado”, disse.
Cabral também lembrou a importância da nova abordagem institucional da Agência. “Estamos deixando para trás uma estrutura burocrática e construindo uma ANM mais ágil, eficiente e conectada aos desafios contemporâneos da mineração responsável. Agora é a hora e a vez da regulação no Brasil. Vocês chegaram no melhor momento”, afirmou.ㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤㅤ
Compromisso com o serviço público
O diretor Luiz Paniago compartilhou sua visão sobre o que significa ser servidor público na ANM. “Servir ao público é servir bem ao público. É fazer mais do que o esperado, com gentileza, competência e espírito público. A mineração precisa de fiscalização, sim, mas também de inteligência, estratégia e humanidade. É muito gratificante colocar o pé na lama e fazer a diferença”, pontuou.
Paniago também destacou o caráter inovador da atuação da Agência. “Temos que rodar o mundo, aprender com os melhores e trazer as soluções para o Brasil. Isso é servir. Isso é fazer diferente. A roda já está girando, e vocês agora fazem parte desse movimento.”
Apoio do Ministério e transformação institucional
A secretária de Geologia, Mineração e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, Ana Paula Bittencourt, afirmou que o início do curso de formação representa o começo da etapa mais importante do trabalho. “Vocês são novos ares, uma esperança que se soma à resiliência de quem já está aqui há anos. O Brasil precisa da força de vocês para fortalecer nossa capacidade institucional e avançar em uma mineração ética, corajosa e engajada”, disse.
Bittencourt também celebrou as conquistas recentes da ANM, como a reestruturação de cargos, a equiparação salarial e o acordo coletivo inédito firmado com os servidores. “Vocês entram em uma casa que está sendo reformada, com apoio político, técnico e orçamentário. O desafio agora é fazer dessa estrutura uma engrenagem eficaz a serviço do país.”
Acolhimento e propósito
Em uma participação marcante, a superintendente de Gestão de Pessoas da ANM, Aline Fernandes, falou aos candidatos com uma mensagem de acolhimento e confiança. “Estamos aqui para receber pessoas, não apenas currículos. Vocês chegaram para transformar essa Agência. Nós queremos que vocês encontrem um propósito aqui — e não apenas uma função. Sejam protagonistas dessa nova fase, e contem conosco para construir esse caminho juntos”, afirmou.
Para ela, o concurso de 2025 é também um marco de valorização das pessoas. “Cada vaga preenchida hoje é uma aposta no futuro. Vamos cuidar de vocês como parte do nosso time. Vocês são a ANM que o Brasil espera”, concluiu.
O curso de formação segue até o dia 1º de agosto, com atividades voltadas à integração institucional, formação ética, fundamentos da regulação e da mineração. Após a conclusão, os candidatos aguardarão a conclusão do certame e a nomeação, para então tomar posse e iniciar o exercício em diversas unidades da ANM nos estados e no Distrito Federal, em áreas como fiscalização, outorga, arrecadação, regulação, barragens, comunicação, TI e gestão estratégica.
A expectativa é que o novo time ajude a reconfigurar a capacidade operacional da ANM, impulsionando sua atuação frente aos desafios de um setor mineral em transformação, sob intensa vigilância pública, demanda global por minerais críticos e exigência crescente por governança, sustentabilidade e eficiência regulatória.
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