Hesitação Vacinal
A hesitação vacinal refere-se ao atraso ou à recusa em aceitar vacinas recomendadas, mesmo quando os serviços de vacinação estão disponíveis. Trata-se de um fenômeno complexo e dinâmico, que varia conforme o tempo, o contexto, o território e o tipo de imunizante. É influenciada por múltiplos fatores, entre eles a confiança nas vacinas e nas instituições, a percepção de risco, o acesso às vacinas, a baixa percepção da gravidade de doenças que podem ser prevenidas com a vacinação, o contexto socioeconômico e cultual, além da comunicação.
5 Cs da hesitação vacinal:
| Complacência | Percepção de risco sobre doenças imunopreveníveis |
|---|---|
| Conveniência | Acesso aos serviços de vacinação e às vacinas |
| Confiança | Confiança na segurança e eficácia das vacinas e nas autoridades de saúde |
| Contexto | Conjunto de crenças e diferenças socioeconômicas e culturais |
| Comunicação | Conhecimentos, atitudes e práticas baseadas em fatos verídicos ou não |
Esse comportamento pode comprometer as coberturas vacinais e favorecer o reaparecimento de doenças previamente controladas ou eliminadas pela vacinação. A hesitação vacinal não significa apenas recusar vacinas. Muitas vezes, envolve dúvidas, atrasos ou a escolha de tomar algumas vacinas e deixar outras para depois, resultando em risco para infecção e disseminação de doenças imunopreveníveis. Segundo a Organização Mundial de Saúde, a hesitação vacinal é umas 10 principais ameaças à saúde global.
Para enfrentar esse desafio, é importante que os serviços de saúde atuem juntos, escutem com atenção as preocupações das pessoas e compartilhem informações claras e seguras. Além disso, é fundamental mobilizar a comunidade e reforçar que vacinar não é só um cuidado individual, mas um ato de proteção para todos.
Neste espaço, você encontra materiais que ajudam a entender melhor por que algumas pessoas têm dúvidas ou receios sobre as vacinas — e o que pode ser feito para enfrentar esse desafio. São conteúdos organizados por tema, que abordam desde a importância da vacinação em adultos, idosos e gestantes, até estratégias para fortalecer a confiança da população, melhorar a comunicação e ampliar o acesso às vacinas.
Colaboradores: Núcleo de Evidências - NEv Pantanal / Fiocruz Mato Grosso do Sul.