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Saúde lança ferramenta de suporte à decisão clínica para dengue no prontuário eletrônico do e-SUS APS
O prontuário eletrônico do e-SUS APS, utilizado na maior parte dos serviços de atenção primária no Brasil, agora conta com uma nova funcionalidade: o Suporte à Decisão Clínica (SDC) para a Dengue. A ferramenta foi desenvolvida para auxiliar profissionais de saúde na condução de atendimentos de forma mais ágil, segura e alinhada às melhores práticas recomendadas pelo Ministério da Saúde.
“O objetivo é oferecer um atendimento que seja ao mesmo tempo mais qualificado, mais rápido e resolutivo para a população, com um sistema que disponibiliza condutas automatizadas com base em protocolos clínicos atualizados”, explica o coordenador-geral de Inovação e Aceleração Digital na Atenção Primária, Rodrigo Gaete. Ao usar o SDC-Dengue, os profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS) podem optar por aplicar a conduta na totalidade ou em partes, editando as informações conforme necessário para cada caso específico.
Dentre os recursos disponíveis, destacam-se:
- Prescrição automatizada de medicamentos, considerando as especificidades dos fármacos, a faixa etária do(a) paciente e o cálculo baseado no peso corporal;
- Solicitação automática de exames, como hemograma e testes diagnósticos para dengue;
- Emissão de atestados de afastamento, conforme necessidade;
- Geração de orientações clínicas pré-preenchidas aos cidadãos, com a inclusão de sinais de alarme, cuidados gerais e recomendações de retorno à unidade de saúde.
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A ferramenta apoia a tomada de decisão com base nas informações clínicas e na avaliação inseridas no sistema pelos profissionais de saúde. A funcionalidade está integrada à lógica de classificação de risco (grupos A, B, C e D) conforme os protocolos do Ministério da Saúde.
O SDC-Dengue apresenta condutas automatizadas para os cidadãos classificados nos grupos A e B, cujo manejo pode ocorrer integralmente na atenção primária à saúde (APS). Para os grupos C e D, o sistema disponibiliza orientações clínicas padronizadas para o manejo inicial e o encaminhamento para serviços de maior complexidade, promovendo a continuidade do cuidado.
O desenvolvimento dessa funcionalidade foi fundamentado no Guia Prático de Arboviroses Urbanas – Atenção Primária à Saúde (1ª edição, 2024 e 2ª edição, 2025), publicação oficial do Ministério da Saúde que orienta de forma acessível o manejo clínico da dengue na atenção primária do SUS.
Laísa Queiroz
Ministério da Saúde